Ao lado de 1984, de George Orwell e de Farenheit 451, de Ray Bradbury, Admirável mundo novo, de Adous Huxley, constituí a tríade das mais famosas obras distópicas.
As distopias surgem no início do século XX quando fica claro que o paraíso antevisto no século XIX não iria se concretizar. As pessoas da era vitoriana vislumbrava o futuro como um éden em que a tecnologia libertaria a humanidade do trabalho, da opressão e das doenças. Viveríamos um mundo de felicidade, dedicado apenas ao prazer. Mas a primeira guerra mundial e a difusão de regimes totalitários logo em seguida mostrou que o século XX seria o oposto. A tecnologia seria usada para oprimir e matar e ao invés de liberdade, seríamos escravos de regimes autoritários.
No mundo de Admirável mundo novo, as pessoas são geradas de forma artificial de acordo com classes rígida – os mais aptos intelectualmente são a classe dominante, com funções administrativas. Os mais aptos fisicamente exercem profissões como faxineiros. Desde pequenos, são condicionados através de um sistema subliminar que lhes ensina a serem felizes com sua posição na sociedade e se conformarem com as coisas como elas são.
É um mundo de falsa felicidade, embalado pela droga soma, consumida avidamente por seres vazios. Esse mundo é abalado pela presença de um selvagem, cuja presença questiona faz com que alguns questionem essa falsa felicidade.
Admirável mundo novo é um livro complexo, rico, mas se sua mensagem pudesse ser expressa em uma única frase, seria: nenhuma felicidade vale o preço da liberdade.
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