quinta-feira, agosto 13, 2020

Quarteto Fantástico e a ficção científica

A Marvel Comics sempre teve um pé na ficção científica, em especial o Quarteto Fantástico, a revista que inaugurou a Marvel como a conhecemos hoje. Embora fosse oficialmente uma revista de super-heróis, os conceitos e aventuras estavam sempre mais próximo da FC, em especial graças ao apreço de Kirby pelo gênero. Tanto que o Quarteto rompe com alguns dos dogmas mais básicos dos super-heróis, como as identidades secretas.
Depois da fase Kirby-Lee, poucos conseguiram compreender tão bem a essência desses personagens quanto John Byrne, responsável pela última realmente memorável fase do Quarteto. E o aspecto de ficção científica fica ainda mais visível na saga da Zona Negativa, publicada no Brasil pela Panini na coleção Os maiores clássicos do Quarteto Fantástico, volume 3.
O volume abre com uma aventura na Lua, com os inumanos, passa por uma aventura momumental com os Skrulls e o personagem Gladiador que envolve diversos outros heróis (entre eles o Homem-aranha e os X-men) e segue com os heróis viajando para a Zona Negativa enquanto o personagem Aniquilador aproveita a brecha aberta para atravessar para nossa realidade.
Byrne trabalha com maestria a maneira como Kirby e Lee imaginaram as histórias do Quarteto: super-sagas que se estendem por várias edições, como numa grande novela, mas com capítulos auto-contidos, cada um dos quais conta uma história completa tudo isso costurado com ganchos narrativos.
Um atrativo a mais é ver Byrne homenagear grandes artistas, como Frank Miller e Jack Kirby, mimetizando-os.

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