Amor moderno é uma série da Amazon inspirada nas colunas de
John Carney para o jornal New York Times.
A idéia é contar diversas histórias de amor ambientadas em
nova York em histórias curtas, que podem ser assistidas isoladamente. Mas,
embora o seriado ecoe diretamente as comédias românticas, amor aqui é entendido
de forma muito mais ampla. Praticamente todas as histórias têm essencialmente,
dois atores, com um ou outro personagem incidental. Mas nem todos são pares
românticos. A proposta é abordar o amor nas suas mais variadas facetas.
Assim, por exemplo, temos a amizade de uma mulher com o
porteiro de seu prédio, o amor platônico de uma garota por um homem de meia
idade que ela idealiza como seu pai, o amor de um casal gay que quer adotar uma
criança e a mãe biológica da criança, o casal que reencontra o amor num
processo de separação...
Dentre todos os episódios, "Me aceita como eu sou, quem
quer que eu seja" é certamente o mais interessante. Protagonizado por Anne
Hathaway, que dá um show no papel, o episódio já se mostra interessante desde a
primeira cena. A personagem está montando seu perfil em uma rede de
relacionamentos e é a partir do texto que ela escreve para se apresentar que os
fatos são narrados, em flash back. Anne interpreta uma advogada brilhante, uma
estrela em ascenção, mas aterrorizada pela bipolaridade. Em alguns dias ela
acorda maravilhada com o mundo, numa realidade de Lalaland, em que uma simples
visita ao supermercado se torna não só uma oportunidade de flertar, mas também
um musical. No dia seguinte, ela nem mesmo consegue se levantar da cama. Além
de toda a inovação narrativa, é o episódio que traz a versão mais diferenciada
do amor, pois trata do amor próprio.
Amor Modero mostra as várias facetas do amor com uma
delicadeza e sensibilidade únicas. É o tipo de série para sentar, assistir,
relaxar e se emocionar.
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