terça-feira, novembro 17, 2020

Batman – o mestre do futuro

 


Batman 1789 foi um grande sucesso, principalmente graças talento de Mike Mignola, o que levou o roteirista Brian Augustyn a imaginar outra história do cavaleiro das trevas também ambientada no século XIX. Para desenhar a história, a DC chamou o desenhista uruguaio Eduardo Barreto. De traço eclético, Barreto já havia tido a responsabilidade de substituir Garcia-Lopez em Esquadrão Atari e não fizera feio.

A história se passa um ano depois da primeira história, quando Batman derrotou Jack, o estripador. Bruce Wayne aposentou o uniforme, mas anseia por ação a ponto de desafiar um campeão de box – e ganhar a luta. Enquanto isso, o prefeito de Gotham planeja uma grande feira de novidades científicas, o que chama a atenção de um vilão tecnológico, que exige que a cidade desista do empreendimento. É a oportunidade perfeita para a volta do Cavaleiro das Trevas.

Eduardo Barreto emula o estilo de Mignola, mas com um toque pessoal. 


Essa história seria perfeita para desenvolver o universo iniciado em Batman 1789, em especial se aprofundasse o aspecto steampunk que a narrativa apenas insinua. Barreto faz um ótimo trabalho, mantendo o clima sombrio e o claro-escuro que caracterizou a HQ desenhada por Mignola. Mas, embora o texto de Augustyan seja competente, o roteiro não consegue ir muito além do clássico “herói socando vilão maluco”.

No final, o mestre do futuro parece apenas uma ótima ideia mal-aproveitada.

Essa história foi publicada pela editora Abril na forma de edição especial e pela Panini, como segunda história do álbum Gotham 1889.  

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