Batman 1789 foi um grande sucesso,
principalmente graças talento de Mike Mignola, o que levou o roteirista Brian
Augustyn a imaginar outra história do cavaleiro das trevas também ambientada no
século XIX. Para desenhar a história, a DC chamou o desenhista uruguaio Eduardo
Barreto. De traço eclético, Barreto já havia tido a responsabilidade de
substituir Garcia-Lopez em Esquadrão Atari e não fizera feio.
A história se passa um ano depois da primeira
história, quando Batman derrotou Jack, o estripador. Bruce Wayne aposentou o uniforme,
mas anseia por ação a ponto de desafiar um campeão de box – e ganhar a luta.
Enquanto isso, o prefeito de Gotham planeja uma grande feira de novidades
científicas, o que chama a atenção de um vilão tecnológico, que exige que a cidade
desista do empreendimento. É a oportunidade perfeita para a volta do Cavaleiro
das Trevas.
Eduardo Barreto emula o estilo de Mignola, mas com um toque pessoal. |
Essa história seria perfeita para desenvolver o
universo iniciado em Batman 1789, em especial se aprofundasse o aspecto
steampunk que a narrativa apenas insinua. Barreto faz um ótimo trabalho,
mantendo o clima sombrio e o claro-escuro que caracterizou a HQ desenhada por
Mignola. Mas, embora o texto de Augustyan seja competente, o roteiro não
consegue ir muito além do clássico “herói socando vilão maluco”.
No final, o mestre do futuro parece apenas uma
ótima ideia mal-aproveitada.
Essa história foi publicada pela editora Abril
na forma de edição especial e pela Panini, como segunda história do álbum
Gotham 1889.
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