quinta-feira, maio 20, 2021

Almanaque Conan 3

 


Um dos itens favoritos da minha coleção é O almanaque Conan número 3. A publicação reunia encontros do cimério com a ruiva Sonja em uma das melhores fases do personagem.
A edição mostrava também a marotice da editora Abril. A primeira história, “A maldição do morto-vivo”, trazia uma história publicada em Conan The Barbarian 78. As duas histórias seguintes, “A torre de sangue” e “Inferno na torre de sangue” traziam histórias publicadas em Conan The Barbarian 43 e 44. Ou seja, a história seguinte era anterior, mas a Abril publicou como se fosse continuação da primeira.
A edição também traz uma história do redi Kull com roteiro de Gerry Conway e arte dos irmãos Marie e John Severin publicada em Kull The Conqueror  4.
As duas histórias de Conan têm roteiro de Roy Thomas e desenhos de John Buscema (que desenha Sonja como poucos).
O que chama atenção é a incrível capacidade do bárbaro e da ruiva de se meterem em encrencas. Na primeira histórias eles acabam se metendo no meio de uma história de vingança de um bruxo, na segunda eles estão fugindo de caçadores de recompensas quando entram num vão escuro da parede e acabam se tornando presas de dois irmãos magos vampiros. Afinal, se você vê no meio de uma montanha uma fenda tenebrosa, por que não entrar?
Mas talvez o mais interessante seja comparar a narrativa de Thomas em Conan e de Coway em Kull. Thomas escreve sua história quase como um plano sequência, em que acompanhamos as aventuras de Conan praticamente em tempo real. E tudo é focado no protagonista. Isso já não acontece em Kull, que na maioria das vezes têm grandes cortes temporais e muitas sequências focadas nos conspiradores do rei. Isso dava a Conan um ritmo vibrante, de ação initerrupta e provavelmente era parte de sua receita de sucesso nos quadrinhos.
E, claro, a edição tem a linda capa de Earl Norem, um dos melhores capitas do cimério de todos os tempos.

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