Uma mulher acorda dentro de uma câmara de criogenia sem saber quem é ou
porque está ali dentro. Presa, com a reserva de oxigênio diminuindo a cada
minuto ela precisa resgatar todas as lembranças do seu passado para tentar entender
o que está acontecendo.
Essa é a premissa de Oxigênio, filme dirigido por Alexandre Aja com roteiro de Christie
LeBlanc e protagonizado por Mélanie Laurent (Bastardos Inglórios).
Oxigênio
é um filme instigante, que começa com uma premissa estranha e evolui para uma
trama complexa. Então temos uma reviravolta. E, quando o expectador acha que já
entendeu tudo está acontecendo, uma nova reviravolta, que muda tudo.
Há
vários aspectos interessantes a serem destacados, que tornam esse filme
especial. Um deles é o fato de praticamente toda a ação acontecer dentro de um
ambiente fechado, com praticamente só uma atriz.
O
enredo é uma solução criativa e perfeita para tempos de pandemia global, em que
aglomerações podem ser extremamente perigosas. E a forma como o roteiro é desenvolvido,
supreendentemente, consegue preencher todo o tempo do filme mantendo a atenção
e o interesse do expectador. Sempre há algo acontecendo, algo a ser descoberto,
algo a ser lembrado, numa infinita sucessão que dura todos os 101 minutos de
filme.
Mas,
por outro lado, Oxigênio também reflete uma época de pandemia ao evocar a
sensação de claustrofobia e isolamento. E na história há também uma doença
global que está provocando uma quantidade enorme de mortes. A agonia da
protagonista com o oxigênio que acaba de certa forma é uma metáfora de uma época
em que pessoas morrem sem conseguir respirar.
Talvez
por isso (e pela perícia de seus realizadores e da atuação envolvente de Mélanie Laurent), Oxigênio se tornou um dos filmes mais assistidos da
Netflix.

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