sábado, julho 31, 2021
A arte inesquecível de Galep
O pensamento vivo ou morto de Alfred E. Newman
Alfred E. Newman é o mascote da revista MAD, famoso por suas frases repletas de ironias e uma sinceridade absoluta. É uma espécie de coaching ao contrário. Confira algumas das citações mais famosas desse mestre da sabedoria amalucada.
Balada sideral
Sweet Tooth
Uma doença chamada flagelo
mata a maior parte da humanidade. Ao mesmo tempo em que surge, bebês híbridos,
humanos e animais começam a nascer. Ninguém sabe se eles são consequência do vírus
ou a causa da pandemia. Na dúvida, a maioria das pessoas os odeia e eles são
caçados como animais.
Essa é a premissa de Sweet
Tooth, série da Netflix baseada nos quadrinhos de Jeff Lemire publicados pela
DC Comics.
Sweet Tooth é centrada no
garoto Gus, um híbrido de humano e cervo, criado pelo pai em uma floresta isolada
de tudo e de todos. Esse idílio é quebrado quando o pai morre e Gus é
aprisionado por caçadores e salvo por um homem chamado na série de Grandão. Grandão
era um caçador de híbridos, mas a relação com Gus o transforma e surge daí uma
amizade improvável. Os dois empreendem uma viagem, em busca de respostas e da mãe
do garoto híbrido. No caminho, conhecem uma garota defensora dos híbridos
chamada de Ursa. Forma-se assim um trio improvável e disfuncional, mas que
magnetiza a simpatia do expectador.
Jim Mickle, o
responsável pela adaptação, fez algumas mudanças. Gus, por exemplo, que é um garoto
feio nos quadrinhos virou fofo garotinho na série. O tom também é menos cru. A
relação de Gus com o pai, por exemplo, é mais afetiva.
Mas aparentemente, nada do
que era realmente essencial na história foi modificado. A premissa das pessoas
odiando e perseguindo tudo que é diferente, por exemplo, se mantém. Além disso,
o garoto Christian Convery interpreta com perfeição o personagem,
conquistando o público desde a primeira tomada.
Muito bem dirigida, a série
mistura uma narrativa pós-apocalíptica e uma forte denúncia social com um tom
de fábula do tipo que vemos em filmes de Tim Burton, por exemplo. E a trama é
envolvente, com personagens carismáticos (interpretados por atores igualmente
carismáticos) e sem sequências de pura enrolação como é comum vermos em
seriados desse tipo. Tudo ali contribui para a narrativa fluir.
O clima é tão envolvente
que acabamos esquecendo que na grande maioria das cenas o único efeito especial
é um garoto com uma tiara de chifres na cabeça.
sexta-feira, julho 30, 2021
Fundo do baú - Futurama
Futurama
surgiu em 1999, obra de Matt Groening, o mesmo criador dos Simpsons.
A ideia era
levar para o futuro toda a ousadia dos Simpsons para satirizar os principais
temas da ficção científica, de invasões espaciais a revoltas de robôs.
Na época em
que se passa a história, o ano 3000, existem filas em cabines de suicídio (que
podem ser acionadas por apenas 25 centavos), travesseiros irradiam mensagens
publicitárias e a maioria corporação do planeta é comandada por uma velhinha
corrupta chamada Mamãe. Para criar o visual e os conceitos da série, Groening e
sua equipe mergulharam em uma vasta coleção de livros de ficção científica, dos
clássicos aos mais descartáveis. As capas de livros de FC dos anos 50 foram,
inclusive, a principal inspiração para o visual das naves e arquitetura das
cidades futuristas.
A história é
protagonizada por Philip J. Fry, um jovem entregador de pizzas nova-iorquino
que é acidentalmente congelado e acorda mil anos no futuro. Ali ele se torna
entregador na empresa Planet Express, do seu 30 vezes sobrinho-neto (que, na
história, é muito mais velho que Fry).
A galeria de
personagens secundário é memorável, a começar pelo carismático Bender, um robô
alcóolatra, cleptomaníaco e egocêntrico. Leela, a responsável capitã da nave, é
uma ciclope alienígena criada em um orfanato. O professor Professor Hubert J.
Farnsworth é um gênio de 159 anos, que constantemente se esquece das coisas. Dr.
John A. Zoidberg é um alienígena crustáceo que trabalha como médico da nave e,
embora diga o contrário, não sabe nada sobre anatomia humana.
A equipe de
roteiristas aproveitou o fato da animação se passar no futuro para criar todo
tipo de situações extravagantes. Na série, por exemplo, o Natal não é uma data
festiva. Ao contrário, é a época em que todos se recolhem em suas casas com
medo de um robô assassino que acha que é o Papai Noel.