quarta-feira, outubro 13, 2021

Homem-Aranha – A morte de Jean DeWolff



A fase de Peter David à frente do aracnídeo, em pleno período do uniforme negro, teve vários grandes momentos e gerou pelo menos um grande clássico, a saga A morte de Jean DeWolff, também conhecida como a Saga do Devorador de Pecados.

A história começa a com a morte da policial Jean DeWolff, que se tornara amiga do Homem-aranha, e sua única aliada dentro da polícia. O responsável é o assassino serial chamado Devorador de Pecados, que na sequência comete outros crimes, incluindo um juiz amigo de Matt Murdock.

O aracnídeo e o Demolidor começam uma investigação para descobrir quem é o tal Devorador de Pecados e, no processo, entram em rota de colisão.

O Devorador de Pecados deveria ser um psicopata, mas a história o mostra como um psicótico. 


Embora o roteiro seja realmente bom, há problemas. Por exemplo, o aracnídeo parece em alguns momentos totalmente descontrolado, muito diferente do personagem que conhecemos. Além disso, a investigação dos dois parece totalmente sem sentido. Eles estão lindando com um assassino serial e vão para um bar pedir informações? Dois heróis que estão acostumados a lidar com criminosos cometeriam um erro tão primário?

A capa mais famosa dessa fase. 


Mas Peter David maneja bem o texto, de modo que esses detalhes acabam passando despercebidos. Alguns dos melhores momentos são “piadas internas”, como quando um policial pergunta ao Demolidor se ele é cego ou quando o Aranha diz que ele poderia se tornar um advogado.

A história é desenhada por dois artistas: Rick Buckler e Sal Buscema. Como na método Marvel o ritmo da história depende muito do desenhista, isso provoca dois momentos quase opostos na história. Buckler tem uma narrativa lenta e poucos quadros de impacto. Quando Sal entra, a história ganha ritmo, movimento e várias de cenas de impacto, como a fantástica cena em que o aracnídeo bate em Elektro em meio a uma enorme onomatopéia.

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