Roy Thomas está tão associado ao Conan que é difícil
imaginar uma história em quadrinhos do bárbaro escrita por outra pessoa. No
entanto, uma pessoa que conseguiu escrever ótimas histórias do personagem foi
Bruce Jones.
A Ilha da Aranha, publicada em Conan The Barbarian 140 e 141
é um exemplo disso. Com desenhos do mestre John Buscema, Jones conta uma
tremenda uma história, repleta de ação e terror, duas características
essenciais das histórias originais do bárbaro.
A história começa com Conan sendo levado para um navio... |
A história começa com Conan desacordado sendo carregado para
dentro de um navio. O capitão reclama: “Vocês levaram metade da noite, Frank!”.
“Este cimério é forte! A droga levou o dobro do tempo para agir!”, responde o
marinheiro.
A razão pela qual Conan está sendo levado desacordado para o
navio só é explicada depois, em um flash back.
... a razão para isso só é explicada num flash back. |
O Capitão estava na noite anterior bebendo em um bar quando
foi abordado por uma prostituta. Desconfiado de que ela queria roubá-lo, ele
ameaçou deformar seu rosto com o gancho que usa no lugar da mão esquerda. Conan
não só impediu que ele fizesse isso como ainda o derrubou, fazendo com que ele
se tornasse motivo de riso.
A cena que vemos no início é, portanto, resultado de uma
vigança.
Segue-se uma sequencia de eventos: o cimério é quase morto,
acaba sendo colocado como escravo nas galés e mata o capataz.
A história faz referência à mitologia lovecraftiana. |
Enquanto isso o capitão, num interlúdio romântico com uma
moça apavorada, cujo pai foi assassinado na sua frente, resolve visitar uma
ilha. E os escravos, assim como a tripulação vão junto para coletar alimentos.
Tudo é, no entanto, uma estratégia de vingança do pai da moça, que não morreu
graças às magia negra, com direito até mesmo a uma homenagem a Lovecraft: “Esse
foi o preço que paguei aos deuses negros de Rlyeh! Eu supliquei aos filhos do
grande Ctchulhu e, em pagamento, eles me fizeram este castelo... e completaram
minha vigança contra o odiado Davalte!”.
A sequência dos zumbis-aranhas é eletrizante. |
Claro que o homem ficou louco e a vingança acaba se voltando
também contra Conan, a moça e um marinheiro. Segue-se uma sequência alucinante
em que os três são perseguidos por zumbis controlados por aranhas, algo ainda
mais destacado pela arte dinâmica de John Buscema.
No Brasil essa história foi publicada pela editora Abril em Conan, o bárbaro 13.
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