segunda-feira, novembro 01, 2021

Zubilândia – atire duas vezes

 


Quando foi lançado em 2009, Zumbilândia fez um enorme sucesso e revolucionou os filmes de zumbis ao unir terror e humor. Zumbilândia não era uma sátira, mas um filme de zumbis com pitadas de humor, a começar pela introdução no qual o personagem principal, Columbos, explica as regras que lhe permitiram continuar vivo em meio ao apocalipse dos mortos vivos – entre elas fazer aquecimento antes de um possível encontro com zumbis ou atirar duas vezes para ter certeza de que ele está morto.
Era também um filme que definitivamente não se levava a sério, com direito a uma sequência totalmente aleatória, mas deliciosa, com Bill Murray.
O sucesso estrondoso – o filme custou 23 milhões de dólares e arrecadou mais de 100 milhões ajudou não só a renovar o gênero, mas também contribuiria a levar ao estrelato os então desconhecidos Jesse Eisenberg e Emma Stone.
Dez anos depois, os produtores acharam que era o momento de reviver a franquia (antes que o cachê de Emma Stone se torne grande demais para o orçamento, eu diria).
Na história, o quarteto composto por Columbus, Wichita, Tallahassee e Little Rock se instalam na Casa Branca – o que leva a sequências memoráveis e engraçadíssimas. Mas Little Rock está adolescente, quer um namorado e foge com a irmã. No meio do caminho elas se encontram com um hippie que leva a menina para um retiro pacifista chamado Babilônia. Mas surgiu um novo tipo de zumbis, muito mais mortal, que pode colocar o local em risco.
Assim, Columbus, Wichita e Tallahassee saem em seu encalço, tentando salvá-la. Ou ao menos essa é a desculpa para todo tipo de maluquice do roteiro – de uma parada em um Museu em homenagem a Elvis Presley ao surgimento de uma dupla que é uma versão exata de Columbus e Tallahassee. Passando pela tentativa de matar zumbis da maneira mais criativa possível, perfazendo a Morte de Zumbis do Ano.
Se for assistir no cinema e tiver um grupo de adolescentes, conforme-se: eles vão gritar e aplaudir durante boa parte do filme. O ritmo do roteiro e direção inclusive estimulam essa interação.
Despretensioso, divertido, sem noção, Zumbilândia não é melhor do que o original. Mas mesmo assim é um ótimo programa.

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