terça-feira, março 08, 2022

Thanos vs Hulk: duelo infinito

 


É uma pena que Jim Starlin nunca tenha sido escritor regular do Hulk. As poucas vezes em que trabalhou com o personagem, o resultado foram histórias muito divertidas.

Exemplo disso é a a graphic novel Thanos vs Hulk publicada pela Panini em 2020.

Na história, Pip, o troll, é convencido a sequestrar o Hulk em troca da liberdade de sua amada Dalila, uma linda moça azul. Esperto, ele aproveita quando o monstro verde está transformado em Bruce Banner, o droga e o transporta para a nave espacial do Aniquilador. Este quer usar a essência de poder do Hulk para se transformar num ser ainda mais poderoso.

Ocorre que Pip tem uma crise de consciência e resolve libertar o golias esmeralda. Para isso pede ajuda para a pessoa menos improvável do universo: Thanos, que entra na zona negativa, onde Banner e Hulk estão encarerados enquanto o corpo do Hulk está sendo usado no procedimento do Aniquilador. É a desculpa para diversas sequências de porrada entre o titã e Hulk.

A tônica é de humor, especialmente graças ao troll Pip. Quando ele abraça Dalila após salvá-la, a moça diz: “Cuidado com meu cabelo, Pipinho”. Salvos, eles vão para um bar espacial, o “Starlin´s”, onde a garota chama um rapaz garboso para a mesa assim que Pip vai tentar salvar Hulk.

Uma curiosidade aqui é que o traço de Jim Starlin ganhou a arte-final de Andy Smith, o que, se por um lado, modificou o traço do mestre, por outro destaca cenas de impacto, como da primeira vez em que Thanos aparece, grandioso em seu trono, ou das várias sequências de Hulk preso ou de ação.

Em Duelo infinito Starlin consegue unir perfeitamente humor, ação e ficção-científica. 

Em tempo: a edição da Panini traz ainda uma história secundária, desenhada por Ron Lin, na qual o titã cria vários avatares seus e um deles é enviado para o momento seguinte à primeira derrota do próprio Thanos. É uma daquelas histórias lisérgicas e repletas de filosofia típicas de Jim Starlin.

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