sexta-feira, abril 22, 2022

Fundo do baú - Betty Boop

 


Todo mundo conhece Betty Boop. Ela está em todos os lugares: camisas, bolsas, acessórios femininos. Mas poucos sabem que a personagem, surgida na década de 1930 causou furor na sociedade americana e chegou a ser proibida pela censura.
A personagem foi criada por criada por Max Fleischer e Grim Natwick e estreou no cinema em um curta metragem, em 1930. Nessa época ela era uma cachorrinha coadjuvante do cachorro Bimbo. A inspiração era a cantora Helen Kane, conhecida por seu rosto engraçado e voz infantilizada. A inspiração era Little Esther, uma cantora negra que começou a se apresentar ainda criança (daí a voz infantilizada) e era conhecida por cantar sons como "boop-oop-a doop" enquanto revirava os olhos. Além do timbre de voz e dos sons sem sentido, os produtores usaram também os trejeitos da cantora. 
Logo Betty começou a fazer mais sucesso que o protagonista Bimbo e surgiu a ideia de fazer desenhos tendo ela como protagonista, mas transformada em humana. As orelhas foram trocadas por argolas douradas, os olhos ficaram grandes e ganharam pestanas e ela passou a usar um vestido curto mostrando a liga. Na nova versão ela era dançarina de cabaré. Era uma mulher sensual, independente, que tinha um namorado novo a cada episódio e vários pretendes. O sucesso foi imediato. Foram mais de 100 animações com a coquete.
Isso, claro, chamou a atenção da censura. Para evitar que seus desenhos fossem proibidos, os criadores a vestiram da cabeça aos pés, mas não adiantou muito: em 1939 o Comitê Moralizador vetou novos desenhos com a personagem.
A partir daí ela continuou fazendo aparições ocasionais em outros desenhos, uma delas foi em Uma cilada para Roger Rabitt, de 1988.  
É possível ver alguns de seus desenhos no Youtube

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