Uma das características da primeira encarnação de Jornada nas Estrelas é que a série não se levava tão a sério. Em alguns casos isso poderia se transformar em desastre completo. Em outros, pura diversão. Ótimo exemplo desse segundo caso é “Tempo de loucura”, episódio escrito por Theodore sturgeon da segunda temporada.
Na trama, Spock começa a apresentar um comportamento agressivo totalmente na contramão do primeiro oficial frio e calculista que estamos acostumados a ver. Ao ser indagado por Kirk, ele pede que lhe seja concedida uma licença em Vulcano, seu planeta natal.
A razão para isso: chegou sua época de acasalar e deve voltar a Vulcano para se casar com sua prometida. Esse “tempo de loucura” seria uma compensação da natureza para a natureza fria dos vulcanos. Na explicação dada ao amigo Kirk, Spock chega a citar até mesmo os salmões, que voltam ao lago onde nasceram para acasalar.
Já no planeta, a futura esposa exige combate e escolhe Kirk como seu campeão. O capitão aceita, para só depois descobrir que o combate só pode terminar com a morte de um dos contedores em uma cena que só poderia funcionar com Willam Shatner.
É bizarro, mas, ao mesmo tempo, divertido, ver Spock com um comportamento totalmente diferente do que se espera dele e mais divertido ainda a luta dele com Kirk (fico imaginando quantos fãs do programa gostariam de ver essa luta da mesma forma que gostariam de ver uma luta entre o Capitão América e Homem de ferro). Além disso, o episódio torna muito mais rica a mitologia vulcana.
Aliás, a solução do episódio é bem bolada e segue faz sentido dentro da trama. Como diria Spock: “Muito lógico”.
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