Em uma das sagas mais
famosas de sua passagem pelo Capitão América, JM DeMatteis colocou o sentinela
da liberdade em rota de colisão com um Deathlok
desmemoriado e transformado em máquina assassina por uma corporção malígna.
No número 288 da revista, o
Capitão vai para o futuro distópico do androide. O que encontra é uma terra
devastada, em que os heróis foram enviados para terras alternativas repletas de
perigos e mortos um a um.
O texto dá a tônica da fase JM DeMatteis: humanizar os personagem.
Esse novo mundo é
tiranizado por um cientista chamado Harlan Ryker, que transformou a si mesmo
num androide. Disposto a enfrentá-lo está um grupo formado por Sábio,
Ferrabrás, Joãzinho, Gigante e pela garota Borboleta De Ferro.
O futuro também conta com um grupo de heróis.
Na tradição de ótimas
splash pages iniciais dessa série, esta mostra o Capitão América, Godwulf e
Deathlok caminhando pelas ruas destruídas de nova York. O texto, uma reflexão
do Capitão América, diz: “Já fui chamado de muitas coisas, inclusive de lenda
viva. A humanidade se acostumou a me ver como algo mais que um homem, como um
símbolo. Isso é muita responsabilidade, mesmo para o Capitão América. Porém,
enquanto caminho por estas ruas de Nova York de 1999, não me sinto grande ou
lendário. Sinto-me apenas... humano”.
O vilão é um homem que abdicou de sua própria humanidade.
O texto resume o cerne da
proposta do roteirista durante toda a sua fase no título: descortinar o lado
humano do personagem. Faz todo sentido, portanto, que o vilão seja alguém que
renunciou à sua própria humanidade.
No Brasil essa história
foi publicada pela editora Abril em Almanaque Do Capitão América 89. É
surpreendente que a Panini não tenha tido a ideia de fazer um encaderndo com
essa fase.
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