Entre as muitas inovações da série Jonah Hex está o fato de que ela trouxe para o faroeste algumas das características dos filmes noir, entre elas histórias em que praticamente todos os personagens tinham objetivos escusos.
Na
história O serviço de cem dólares, publicada em All-star werstern 11, Jonah
está descansando quando um homem desconhecido atira nele e rouba sem cavalo.
Mas, poucos metros depois, cai da cela. Explica-se: ele tinha levado um tiro
antes: “Há três homens seguindo a minha trilha. Pensam que matei um velho
chamado Hillsworth... vão me pendurar no carvalho mais próximo, se me
pegarem!”.
Um homem tenta roubar o cavalo de Hex. |
O
homem oferece 100 dólares para que Jonah o ajude a chegar no rancho de sua irmã
e esse aceita o serviço. No meio do caminho eles encontram com os três
perseguidores, e o anti-herói mata todos. Já no rancho da irmã aparecem mais
três, que são igualmente mortos por Jonah.
Aqui
a história encontra uma reviravolta interessante. A mulher se interessa pelo
protagonista. “Você num sabe quem tá abrançando... dê uma boa olhada na minha
cara, mulher. Num é nada bonito, né?”. Mas a mulher parece realmente
interessada e até beija o cowboy.
A irmã do homem salvo por Johah se interessa por ele. |
Mas
nada é o que parece e a garota assemelha-se muito mais a uma das femme fatale
dos filmes noir do que as gentis heroínas dos filmes de faroeste.
É
curioso pensar que o mesmo contexto dos anos 1970 deu origem a séries tão
diferentes de faroestes como Jonah Hex e Ken Parker. Enquanto a primeria se
destacava pela visão pessimista da humanidade, a segunda era repleta de um
visão complacente e até poética do humano.
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