Uma das edições mais célebres da dupla Chris Claremont –
John Byrne à frente do título Marvel Team-Up foi o encontro do aracnídeo com a
Tigresa, no volume 67.
Na história, Kraven, o caçador, captura o Homem-aranha
usando dardos paralisantes. Quando o heró acorda, dá de cara com o vilão, tendo
ao seu lado Tigresa.
A imagem, uma splah page é impressionante e chamou a atenção
de todos que leram a história: O aranha, acorrentado, em primeiro plano, de
costas para o leitor. Em segundo plano, Kraven sentado em uma almofada,
relaxando e a Tigresa ao seu lado, os cabelos soltos esvoaçantes. Na imagem,
ela parece tanto uma gatinha ao lado do dono quanto uma perigosa felina pronta
a pular sobre a presa.
Uma splash page de impacto. |
O que acontecera é que Kraven, ao ser perseguido pela
heroína, instalara nela uma coleira que controlava seu comportamento, fazendo
com que ela obedecesse ordens suas: “Ela anseia pela caçada. Você é a presa,
Homem-aranha. Se ela o matar, minha vingança estará completa. Se for o
contrário, você conquistará o direito à vida. Seu tem um deus, Homem-aranha,
reze para ele!”.
A situação é uma sinuca de bico: o aracnídeo não pode matar
Tigresa, mas sabe que se não o fizer será morto por ela. Esse dilema ético é o
que torna essa história tão interessante do ponto de vista de roteiro.
A história é simples, mas cheia de ação. |
Quanto ao desenho, Byrne estava em plena forma e conseguia
fazer imagens que refletiam a heroína como se ela fosse de fato uma felina.
A história, simples em sua essência, funciona muito bem.
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