O texto inicial é tocante. Um exemplo de como McKenzie em algumas ocasiões conseguia chegar a um alto nível em termos textuais: “Se você não acredita em milagres, fale com o Lewis. Ele irá lhe contar sobre aquela noite! Não há nada que de que ele goste mais... exceto as crianças! Elas são a razão pela qual o velhinho veste este traje vermelho, tinge a barba de branco e, durante duas gloriosas semanas, entoa sua frase tradicional”. E a imagem mostra Lewis, devidamente vestido como Papai noel, entoando: “Oh, oh, oh! Feliz Natal!” e recebendo um aceno de um garoto puxado pela mãe.
O texto inicial dá o tom nessa história natilina. |
Mas, claro, a história precisava de ação e viciados resolvem roubar o velhinho, deixando-o machucado e semi-acordado num beco. É ali que o Demolidor o encontra.
O dinheiro das crianças foi para um traficante local, Haskill, e o herói resolve ir atrás dele. Na fuga, o homem pula de um prédio para o outro, escorrega na neve e cai. É aí que acontece o milagre sobre o qual se fala no início: a mala de dinheiro que o traficante carregava abre e literalmente chove dinheiro sobre o bom velhinho, que finalmente tem recursos para comprar brinquedos para as crianças.
Paul Smit mandou bem nessa história. |
A história é um conto tocante. Mckenzie não consegue manter o mesmo nível da página inicial, mas também não faz feio. Paul Smith faz um ótimo trabalho ilustrando o Demolidor, o que nos leva a perguntar: por que os editores da Marvel nunca pensaram nele como desenhista fixo do demônio da cozinha do inferno?
No Brasil essa história foi publicada em Superaventuras Marvel 30 numa bela capa natalina.
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