Homem-aranha é de longe o personagem mais popular da Marvel. Isso faz com que vários editores usem uma estratégia marota: colocar ele na revista de um personagem menos conhecido como forma de aumentar as vendas e apresentar aquele personagem para um novo público.
É exatamente isso que John Byrne faz no terceiro número da
revista The sensational She-hulk, uma estratégia com direito a piada na capa. A
protagonista puxa uma cortina e diz: “Este é o terceiro número da minha
revista. E, se parece que estamos apelando, é que estamos apelando mesmo! Com
vocês, o melhor chamariz de leitor do planeta!”. De trás da cortina surge o
Homem-aranha, que acena e diz: “Oi, gente!”.
A heroina aproveita um interlúdio para contar piadas.
Esse início já dá o tom da história, continuação da edição
anterior, na qual o grupo chamado Os cabeças usaram o vilão Mystério para
aprisionar a Mulher-hulk.
Os cabeças são cientistas que se tornaram vítimas de suas
próprias experiências, tornando-se aberrações. A maior aberração entre eles é
Chondu, que adquiriu um corpo completamente disforme. A ideia do grupo é usar o
corpo da mulher-Hulk para colocar a
consciência do mesmo.
"Pensei que o Byrne tinha sido proibido de cortar a minha cabeça".
Aparentemente é o que acontece. Quando o homem-aranha chega
ao laboratório, encontra o corpo da mulher Hulk com a cabeça do vilão e a
cabeça da heroína separada do corpo.
O curioso aí é que a cabeça continua falando. “Pensei que
Byrne tinha sido proibido de cortar a minha cabeça!”, reclama ela.
Byrne consegue introduzir uma reviravolta no final que
explica tudo – uma reviravolta que, embora forçada, funciona bem dentro do
clima divertido e metalinguístico do gibi.
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