O gênero espada e magia tem uma data de nascimento: agosto
de 1929. Foi nesse mês que a revista Weird Tales, publicou a história “The
Shadow Kigdon”, de Robert E. Howard.
A história fazia parte de um conjunto de oito histórias
enviadas por Howard para o o editor Farnsworth Wright e era protagonizada por
um personagem chamado Rei Kull. A história era “robusta, violenta, sanguinária,
repleta de ação, mistério e descobertas sensacionais. É uma das mais vigorosas
e bem-sucedidas histórias de Howard”, afirma Lin Carter em texto publicado em
Savage Sword of Conan 3.
Howard inovara fundindo três diferentes estilos em um só.
Segundo Carter, “ele pegou o tipo de história que Clark Ashton Smith passada
nos fabulosos e cintilantes reinos da alvorada de magia e feitiçaria, os contos
de terror lovecraftiano sobre o mal sobrenatural e pré-humano e enxertou tudo
com as novelas heroicas de espadachins escritas por Harold Lamb, Rafael
Sabatini e Talbot Mundy”, resume Carter.
Era de se esperar, portanto, que essa fosse uma edição
antológica. Nada mais distante da realidade. Ninguém, nem mesmo o editor,
parecia ter noção de que estava nascendo ali um dos gêneros mais famosos da
literatura de gênero.
A capa era bem fraquinha, mostrando uma mulher nua e
acorrentada. Havia uma única chamada na capa, destacando a história “The inn of
Terror” (A estalagem do terror), do escritor francês Gaston Leroux – autor de O
fantasma da ópera (informação que aparecia com enorme destaque).
Além da históira de Howard, nenhum dos contos publicados
naquela edição ganhou qualquer destaque superior (tinha até uma história de uma
tal de Lois Lane).
Na edição seguinte, as cartas elogiavam efusivamente as
histórias de Gaston Leroux e de E. F. Benson. A história de Howard recebeu
apenas algumas palavras elogiosas em uma das cartas.
“The shadow Kigndon” foi um conto que passou despercebido na
época, mas iria ter grande impacto no futuro.
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