Em seu início, a série Perry rhodan é toda dominada pelo
contexto da guerra fria e pelo medo de uma guerra nuclear – castastrofe que
Rhodan impede logo nos primeiros volumes. Mas como seria um mundo devastado por
um holocausto atômico? Essa pergunta é respondida no número 53 da série, Os
condenados de Isan.
Escrito por Kurt Mahr, este volume apresenta uma inovação:
Perry Rhodan e nenhum dos personagens já conhecidos dos leitores aparecem antes
que tenha se passado pelo menos um terço da história. Toda a trama é centrada
nos sobreviventes, pessoas que se alojaram em bunkers no fundo da terra e agora
precisam lidar com o fim da comida.
A narrativa é focada em Ivsera, uma cientista que descobriu
uma maneira de transformar tecido em comida – o que faz com que os
sobreviventes do abrigo de Fenomat andem com o mínimo de roupa possível. Mas,
além da fome, um outro perigo se impõe: os habitantes do abrigo de Sallon,
comandados pelo ganancioso Belal, estão cavando um túnel com o intuito invadir
Fenomat.
O objetivo não é só apoderar-se dos recursos, mas também usar
os vencidos como alimento. Essa talvez seja uma das mais cruas demonstrações
dos terrores da guerra mostradas na série.
Rhodan pousara no planeta depois da aventura no planeta
zoológico dos aras e resolve interferir nessa trama política. Com armas muito
mais avançada e apoio dos mutantes, essa empreitada parece fácil demais, assim,
Kurt Mahr acerta ao descartar Gucky logo no início. Em uma de suas
teleportações ele teria ido parar em um local com uma armadilha mecânica e
ficara seriamente ferido – o que faz com que ele passe a maior parte do livro
fora de ação. Com Gucky, os tiranos seriam facilmente derrotados. Sem ele, o
volume guarda uma certa medida de suspense.
É uma aventura interessante, quase um conto, que interfere
pouco na trama principal, mas funciona principalmente por sua forte mensagem
pacifista.
Sem comentários:
Enviar um comentário