Billy Wilder é um diretor que nunca fez um filme ruim e que tem obras-primas nos mais variados gêneros: uma das melhores comédias de todos os tempos (Quanto mais quente, melhor), um ótimo filme de tribunal (Testemunha de acusação), um drama antológico (Crepúsculo dos deuses), um dos melhores filmes sobre jornalismo (A montanha dos sete abutres),o melhor filme sobre o alcolismo (Farrapo humano) e um dos grandes filmes noir.
Esse último é representado por Pacto de sangue,
escrito por Wilder em parceria com Raymond Chandler, um dos mestres do gênero.
O filme, de 1944, conta a história de um
corretor de seguros que é seduzido por uma linda mulher para matar o marido
dela no que deveria parecer um acidente de trem, possibilitando a ela ganhar
uma pequena fortuna para a época (100 mil dólares). O filme se sustenta no
suspense sobre se os dois serão descobertos ou não, mas tem muitos outros
atrativos. Entre eles os diálogos rápidos, cortantes, cheios de duplo sentido
(o que, aliás, é um problema para que assiste a uma versão legendada - os
diálogos são tão rápidos que às vezes é difícil acompanhá-los).
Também merece destaque o início, genial: o
personagem Walter Neff chega ao escritório da companhia de seguros e começa a
gravar uma confisssão. O espectador passa boa parte do filme imaginando porque
dessa confissão. Ou seja: somos fisgados desde o primeiro minuto.
Sem comentários:
Enviar um comentário