quinta-feira, fevereiro 29, 2024

Guerra Secretas: o gibi que marcou o fim da casa da idéias

 

Em 1980, A Marvel recebeu a proposta de uma indústria de brinquedos de lançar uma linha de bonecos. Para ensinar as crianças a brincarem com os bonecos, Jim Shotter, editor-chefe da Marvel bolou uma história grandiosa divida em 12 partes . Para isso, ele bolou uma série em 12 partes que mostraria os principais heróis e vilões da editora se enfrentando. O nome surgiu de uma pesquisa de mercado que mostrou quais as palavras que mais chamavam atenção das crianças nas lojas de brinquedos: Guerras Secretas. 

Em Guerras Secretas, uma entidade super-poderosa, denominada Beyonder, cria um planeta e transporta para lá os mais importantes personagens da editora. E avisa: destruam seus inimigos e todos os seus desejos serão realizados. 
Os personagens dividem-se entre heróis e vilões e começam os conflitos. Entre os heróis, há estranhamento pela presença de Magneto, um notório vilão dos X-men. Entre os vilões, começam as brigas pela liderança.
Entre os heróis havia vários medalhões da editora, como o Homem-aranha, X-men,  Vingadores, Hulk, Coisa. Do lado dos vilões, peso-pesados, como Doutor Destino, Lagarto, Ultron e Galactus. A presença de Galactus no time de vilões tem causado, até hoje, controvérsias. Criado por Jack Kirby e Stan Lee em uma aventura do Quarteto Fantástico da década de 1960, ele é uma entidade cósmica super-poderosa, capaz de devorar planetas inteiros. Sua presença no time de vilões desequilibraria qualquer disputa.
Para desenhar a história foi chamado Mike Zeck, que vinha se destacando nas histórias do Mestre do Kung Fu com seu traço elegante.
A história fez grande sucesso e remodelou a vida de vários personagens da editora. O mais afetado foi o Homem-aranha, que ganhou um uniforme preto, fruto de uma simbiose com um ser alienígena. Posteriormente esse uniforme se transformaria no vilão Venon.
Guerra Secretas foi muito bem resumida por uma funcionária da Marvel responsável pelo mercado direto: “Guerras Secretas é ruim, mas vendeu muito bem!”.
Dizem que Jim Shotter pediu tantas mudanças nos desenhos que, ao terminar, mandou para o desenhista Mike Zeck uma garrafa de champanhe. Zeck abriu a g Zeck foi perdendo o gosto de desenhar a história e piorando o traço. Quando terminou, Shotter mandou uma garrafa de champanhe para o desenhista. Este abriu e jogou todo o conteúdo na pia.
O sucesso de Guerras Secretas provocou uma grande mudança na Marvel. Até então eram os criadores, em especial o roteirista, que tinham controle sobre a revista. Guerras Secretas tinha sido toda pensada pelo departamento de marketing, a começar pelo título. A partir daí o departamento de marketing passou a ditar os rumos das revistas em detrimento da equipe criativa. E estratégias para gerar burburinho e aumentar momentaneamente as vendas se tornaram uma prática comum. A Marvel deixava de ser a Casa das Ideias para se tornar a Casa do departamento de marketing.   
No Brasil a história foi lançada em 1986 para servir de divulgação para a linha de bonecos da Gulliver. Mas os heróis estavam atrasados em relação à cronologia americana e, para adequar essa inconsistência, a série foi cortada e mutilada. Até mesmo personagens, como Vampira e Capitã Marvel, foram apagados e o final da saga foi totalmente modificado para se adequar ao momento que a Marvel vivia no Brasil. Ou seja: o que já não era bom, ficou ainda pior.

Com amor, Van Gogh

 

Vincent Van Gogh foi um dos mais importantes artistas de todos os tempos. Sua forma única de ver a natureza abriu caminho para o surgimento da arte moderna. É tão famoso que é muito raro alguém que nunca tenha visto uma pintura sua. No entanto, ele morreu pobre e em vida só conseguiu vender um único quadro. É essa trajetória que é contada no filme Com amor, Van Gogh, dirigido por Dorota Kobiela e Hugh Welchman.
A estratégia usada para colocar na tela a vida do pintor é absolutamente inovadora e deslumbrante: uma animação que emula o estilo de Van Gogh. É como se os quadros do mestre ganhassem vida, o que, aliás, acontece em diversas sequências, que começam com quadros famosos do pintor.
Mas esse deslumbre visual de nada valeria sem um bom roteiro. E o roteiro, de autoria dos diretores, é perfeito: o filho do carteiro que entregava as cartas de Van Gogh é incentivado pelo pai a entregar a última carta do pintor para seu irmão. Com isso, ele acaba se encontrando com as pessoas que conviveram com ele e reconstitui seus últimos dias.
A história é narrada assim, quase como se fosse uma investigação policial, o que certamente agradará até mesmo os expectadores menos interessados no aspecto artístico. Os diálogos são afinados, cirúrgicos e, ao mesmo tempo, reveladores. Eles conseguem contar muito sobre a vida e a personalidade do pintor sem serem didáticos.  
Com amor, Van Gogh é um filme obrigatório para amantes da arte.

Conan e Elric

 


Quando começou a escrever Conan, Roy Thomas passou a colecionar livros de espada e magia “tão rápido quanto eles eram impressos”. Entre os vários personagens, um dos que mais chamaram sua atenção foi Elric de Melniboné, do autor britânico Michael Moorcock. O roteirista pensou: por que não promover um encontro de Elric com Conan? Os dois eram extremos opostos em tudo. Conan é forte, musculoso, Elric magro e fraco. Conan odeia magia, Elric é um mago.

Munido de uma tremenda cara de pau, Thomas escreveu para Moorcock perguntando se ele topava escrever uma história promovendo o encontro dos dois personagens por um valor irrisório. Surpreendentemente, o autor inglês topou. Na verdade, como Thomas descobriria depois, a história foi escrita por um amigo de moorcock, Jim Catwthorn. Mas mesmo assim era uma oportunidade incrível de unir, numa revista ainda incipiente, que lutava contra o cancelamento, dois dos mais importantes personagens do gênero.

A história começa com uma donzela em perigo. 


Essa história, roteirizada por Thomas e desenhada por Barry Smith foi publicada em Conan the barbarian 14 e 15.

A trama, como uma boa história de espada e magia, começa em plena ação: uma mulher está sendo perseguida por cavaleiros misteriosos e Conan resolve intervir. Ao salvá-la, descobre que se trata de Zephra, filha do feiticeiro Zukhala. Conan havia enfretado o feiticeiro no número 5 da revista e a garota se apaixonara por ele.


Dois heróis se encontram? É briga na certa! 


Mas, depois da desconfiança inicial, Conan descobre que zukhala está mudado. Ele não tem mais seus poderes, que usava para aterrorizar aldeões. E sua índole também mudou. Seu objetivo agora é salvar dois mundos da feitiçaria da Imperatriz Verde, uma antepassada de Elric que aterrorizara Melniboné e fora trancafiada num castelo no fundo de um lago. Em troca de ouro, Conan deverá impedir que ela seja despertada.

Claro que Conan e Zaphira vão se encontrar com Elric, que está indo para o mesmo lugar, o que inicialmente coloca os dois em combate, em consonância com a regra de ouro da Marvel: sempre que dois heróis se encontrem pela primeira vez eles devem lutar. Mas logo eles unem forças para impedir a destruição de dois mundos.

A primeira aparição da Imperatriz. 


O ápice da história é quando eles entram no castelo e encontram o feiticeiro Kulan-Gath promovendo um feitiço que irá despertar a Imperatriz Verde. Thomas joga muito bem com o suspense e Barry Smith cria uma batalha realmente empolgante. A página em que ela surge pela primeira vez é impressionante. Barry Smith consegue fazê-la linda e ao mesmo tempo aterrorizante, os pés delicados, a expressão de ódio, as mãos como garras. O texto de Thomas destaca ainda mais o momento: “Temam como nunca dantes, mortais... pois, em meio ao fulgor verdejante, uma tumba ancestral está desmoronando. Enfim ela ressuscitou! Terhali, a imperatriz verde e melniboné... reviveu!”.

Uma curiosidade é que na época, nas edições de bolso lançadas nos Estados Unidos, elric aparecia um chapéu cônico nas capas e os dois autores colocaram o personagem usando esse chapéu na história. Só anos depois Roy Thomas descobriu que Moorcock odiava esse chapéu, uma invenção dos editores americanos. Mas aí já era tarde demais.  

Supermoça, de Peter David e Gary Frank

 


Em 1996 a DC Comics resolveu lançar uma nova revista da Supermoça sob a batuta de Peter David (roteiro) e Gary Frank (desenhos). Frank já despontava como um desenhista de talento e David, embora nunca tenha sido um roteirista genial, sempre foi um artesão talentoso, alguém que conseguia fazer manter um título em um nível alto de qualidade.
No Brasil parte dessas histórias foram publicadas na revista Superboy, da editora Abril.
A comparação com as demais histórias do mix mostra o quanto esse trabalho estava acima da média na época. As HQs da Supergirl são muito superiores, por exemplo, às do próprio Superboy.  
Um problema: nesse período todas as editoras precisavam ter diversos crossovereres (inclusive alguns que envolviam apenas determinado núcleo de heróis) e as revista eram sempre conectadas. Dessa forma, para o leitor de hoje, ou mesmo o leitor da época que não acompanhava tudo da DC, muita coisa parece não fazer sentido. Mesmo assim, Peter David consegue estruturar uma saga coerente, com início, meio e fim.
A Supermoça se funde com uma garota. 


Na história, a Supermoça vai salvar uma moça vítima de um sacrifício em um ritual demoníaco e seu corpo se funde com o dela. A história começa com a personagem sem se lembrar de nada do que aconteceu e flash backs aleatórios vão mostrando um pouco do passado das duas.
Ao mesmo tempo, a supermoça se vê vivendo a vida de Linda e seus dramas.  Enquanto isso, uma seita parece estar tramando algo que envolve as personagens.  
Um dos melhores capítulos é quando a mãe de Linda (a garota com a qual a Supergirl se fundiu) convida para um encontro às escuras exatamente o líder da seita demoníaca. Um simples jantar, mas repleto de suspense e frases com dupla interpetação.
Um jantar em família é um dos momentos mais tensos da história. 


Se o roteiro de Peter David estava acima da média da revista, o desenho de Gary Frank estava ano luz do restante. Em uma época de desenhos exagerados, ele conseguia ser anatômico e ao mesmo tempo expressivo. E conseguia caracterizar perfeitamente tanto a Supergirl quanto Linda - não só na cor do cabelo, mas também no físico e na expressão corporal. Além disso, ele se saía bem tanto em monumentais cenas de ação quanto em momentos íntimos, como uma discussão na mesa de jantar.
Infelizmente, a revista do superboy acabou no número 28 e foi publicado apenas o primeiro arco da personagem.

Roteiro para quadrinhos: a ambientação

 

Um aspecto importante na construção do roteiro é a ambientação. É necessário imaginar onde o personagem  vive, com quem ele se relaciona, como ganha a vida, etc...A ambientação vai acabar, inclusive, influenciando no modo de pensar e agir dos personagens.  Pessoas que vivem num ambiente árido acabarão tendo um comportamento árido (os tuaregs que o digam). Isso é muito claro, por exemplo, na série de álbuns Aldebaran: os personagens vivem num mundo quase completamente dominado pela água. Quando vão para um mundo desértico, tudo muda, inclusive os aspectos culturais. 
                Uma de minhas histórias chamada Vácuo mostra um tripulante de uma estação espacial que se revolta e acaba explodindo todo o local. A claustrofobia provocada  pelos eternos corredores, pelos ambientes fechados, fizeram com que ele "pirasse". Essa mesma ambientação poderia ter o efeito oposto em outro indivíduo. Sentido-se confortável e seguro dentro de um ambiente fechado, ele poderia se sentir um agorafóbico.

                Um exemplo mais famoso: o Batman de Cavaleiro das Trevas é violento porque a Gothan City criada por Frank Miller é violenta.
                Também é importante saber o máximo possível sobre o local em que se vai passar a história. Antes de começar a escrever o tenente Blueberry, Charlier viajou para os EUA e visitou toda a região em que se passaria a HQ. Se você for escrever uma história sobre o Egito e não tiver dinheiro para a passagem, a melhor alternativa é entocar-se na biblioteca e ler tudo o possível sobre os hábitos, costumes e acidentes geográficos da região. Alan Moore conta que, antes de começar a escrever Monstro do Pântano, leu tanto sobre a Flórida que acabou descobrindo algumas coisas curiosas: "Eu sei, por exemplo, que os crocodilos comem pedras pensando que são tartarugas e depois não conseguem digeri-las e essa deve ser a razão pela qual eles têm um temperamento tão irascível", diz.

                Criar uma história que se passe no futuro, num planeta longínquo, ou em um planeta atualmente desconhecido pode livrar você da visita à biblioteca, mas certamente não vai facilitar as coisas para sua imaginação. É necessário, nesses casos, imaginar todos os aspectos dessa sociedade: quem governa, se é que há governo, como as pessoas vivem, quais são os seus costumes, como elas se alimentam...
                Um exemplo fantástico de criação de ambiente é o álbum A Fonte de Cyann, de Bourgeon e Lacroix. Os autores criaram não só uma história para o planeta em que se passa a HQ como, ainda, se preocuparam com detalhes mínimos. Tipo: o lugar da letra O no nome da pessoa determina a classe social.
                Em Cian, quando pessoas importantes morrem, seus corpos são envoltos em barro e jogados no mar. Quanto mais pessoas se unem para impedir a parte final do ato funerário, mais querido era o defunto. Detalhe: a língua falada pelos personagens, embora muito semelhante ao francês, tem suas próprias regras. Para desespero dos tradutores!
                Portanto, se você quiser escrever boas histórias de Ficção científica, ou de fantasia, comece a ler desde já livros de antropologia...

Perry Rhodan - sob as estrelas de Druufon

 

Uma das características que fazem da série Perry Rhodan admirável é o fato de a história ter sido planejada de forma que algo que acontecia em um volume muitas vezes tinha consequências muitos livros depois. Exemplo disso acontece no primeiro ciclo, quando um sargento, tentando se esconder dos saltadores, pousa em uma lua e encontra o que parece ser uma bola inteligente capaz de mostrar fatos que estariam acontecendo em qualquer outro local do universo. 

Esse personagem misterioso vai reaparecer no número 76 da série. Rhodan percebe que na guerra contra os druufs precisa de um aliado capaz de descobrir o que acontece na dimensão deles e manda um dos seus oficiais procurar o mistério ser esférico. Esse ser passa a ser chamado de Harno, em homenagem ao sargento que o descobriu, Harnahan. 

A capa alemã mostra Harno. 

Uma curiosidade é que esse ser diz conhecer Rhodan, mas não lembra de onde, o que joga um mistério para ser resolvido lá na frente, deixando o leitor em suspense, como fazem os bons autores.

Esse livro, aliás, é escrito pelo ótimo Clark darlton, que consegue dar verossimilhança para um plano Maluco de Rhodan: aliarse aos druufs.

Para isso ele ataca naves arconidas, salvando uma nave dos seres da outra dimensão temporal e seguindo os até aquela dimensão. 

Parece um plano destinado ao fracasso desde o primeiro minuto, mas acaba se revelando uma jogada acertada no xadrez cósmico.

quarta-feira, fevereiro 28, 2024

Livro infantil Os gatos

 

Os gatos foi meu primeiro livro publicado, no ano de 1998, pela editora Módulo com ilustrações de Antonio EderLuciano Lagares e José Aguiar.. É a história de uma menina cujo gato desaparece e vai procurá-lo e, claro, se envolve em muitas aventuras. As situações nas quais ela se envolve foram pensadas a partir de quadros famosos da história da arte. Entre os artistas homenageados estavam: Klint, Norman Rockwell, Matisse, Leonardo da Vinci, Lautrec, Van Gogh, Escher, Munch, Renoir. A capa mostrava a menina e seu gato dentro de um quadro de Miró. 


Os incríveis 2

 


É irônico que o Quarteto Fantástico nunca tenha tido uma versão digna no cinema e que Os incríveis, uma sátira-homenagem ao Quarteto, tenha gerado dois ótimos filmes.
(Sério? Você nunca percebeu? Os uniformes são semelhantes, há poderes semelhantes, apenas trocados de um personagem para o outro e, da mesma forma que o Quarteto, eles são uma família de heróis - um dos conceitos revolucionários da Marvel de Kirby e Lee).
Na história a família tenta impedir um vilão de roubar um banco e, ao falhar, acabam destruindo parte do prédio da prefeitura, fenômeno que poderá dar um fim definitivo à era dos heróis.
Mas um milionário parece disposto a reverter isso com uma campanha de marketing baseada na ideia de que o público deveria ver o ponto de vista dos heróis. E, como estrela dessa campanha, escolhe a Mulher Elástica.
Aí temos um curiosa inversão: a heroína vai para as ruas enfrentar um misterioso vilão hipnotizador, enquanto o herói fica em casa, cuidando dos filhos - e ambas as tarefas parecem igualmente difíceis, especialmente quando o bebê Zezé começa a revelar seus poderes (o que gera os momentos humorísticos do filme). Sem levantar bandeiras, o filmes consegue discutir a questão do heroísmo e do protagonismo feminino de maneira sutil, mas envolvente.
O roteiro é bem construído, com reviravoltas no momento certo e personagens para lá de carismáticos. E as cenas de ação são de tirar o fôlego e, ao mesmo tempo, únicas: na hora de perseguir o vilão, quem fica com o bebê?
Em tempo: fui assistir com meu neto e ele simplesmente encarnou o Zezé no meio da sessão. Então, melhor acostumar: nesta primeira semana várias crianças devem "encarnar o Zezé".

Uma dica para os"especialistas" em George Orwell

 


Com essa febre Bozo tenho visto muitas pessoas que se dizem especialistas em Orwell usando-o para justificar ditaduras e até mesmo o projeto escola sem partido. "Especialistas" que só devem ter lido 1984 e Revolução dos bichos.
Vai uma dica de leitura: A filha do reverendo, um livro escrito por Orwell exatamente para criticar os defensores de projetos como o Escola sem partido. No livro, uma moça trabalha como professora e é denunciada pelos pais por encenar com seus alunos a peça MacBeth, de Shakespeare. A moça acaba perdendo o emprego e é execrada porque, segundo os pais, estaria ensinando sexo para as crianças, já que a peça tem uma referência ao parto.  O livro analisa como as convicções dos pais podem fazer uma peça teatral clássica ser ser vista como uma aula sobre sexo.
Fica a dica de livro para os "especialistas" em Orwell.

Introdução à metodologia científica

 

Escrito em linguagem clara e simples, este livro explica os principais conceitos da metodologia e do texto científico. Para baixar, clique aqui

A Balsa da Medusa

 


A Balsa da Medusa, de Théodore Géricault, pintura de 1818,  é considerada por muitos como o marco inicial do romantismo nas artes plásticas. Ela retrata um fato real: o naufrágio da barcaça Medusa. O barco, que levava colonos para a África, afundara graças à inabilidade do capitão, que conseguira o cargo graças a indicações políticas.
Embora a Medusa transportasse 400 pessoas, incluindo 160 tripulantes, os barcos só tinham espaço para cerca de 250 pessoas. Os outros 146 homens e uma mulher, amontoaram-se numa jangada feita às pressas. Tinham para comer apenas um saco de biscoitos. Para beber, dois barris de água (que se perderam no mar depois de uma briga) seis barris de vinho. Foram 13 dias à deriva até serem encontrados por acaso por um navio francês que passava pela região. Para sobreviver, tiveram que recorrer até mesmo ao canibalismo. O quadro mostra o momento em que os sobreviventes avistam o barco que os resgataria.
A história na época gerou grande comoção na opinião pública francesa. Gericault pintou o tema com grande emoção e, embora retratasse pessoas normais, a imagem é épica (reforçada pela escolha de colocar a cena no meio de uma tempestade), duas das características do romatismo nas artes, além do tema social. Uma curiosidade: Delacroix, que viria a ser o grande nome do romantismo era amigo de Géricault e pousou para o amigo (é a figura caída em primeiro plano, com o braço estendido).

A arte impressionante de Hieronymus Bosch

 



Hieronymus Bosch foi um pintor e gravurista holandês que se especializou em cenas grandiosas, detalhistas e extremamente simbólica. Sua obra, profundamente influenciada pela moral cristã, dedicava-se a mostrar o vício, o pecado, o inferno e todos os temores que afligiam o homem medieval. Seu trabalho teria sido uma das grandes influências dos pintores surrealistas.













Batman – o segredo dos túmulos vazios

 


A dupla Denni O´Neil e Neal Adams foi uma das mais importantes de todos os tempos para o Cavaleiro das Trevas, a ponto de mudar completamente a maneira como o herói era visto pelos leitores.

Um exemplo dessa sinergia pode ser vista em Detetive Comics 395, a primeira da dupla.

A vilã é uma belíssima mulher. 


Na história, um casal de milionários está realizando uma festa num cemitério quando começam a ocorrer atentados contra um dos convidados, Pedro Valdes. No primeiro deles, falcões treinados arrebentam seu balão, fazendo com que ele desabe.

Por trás de toda essa trama está o casal de anfitriões, encabeçado pela belíssima e ardilosa Senhora Dolores Muertos.

Neal Adams mostra todo o seu talento na sequência da alucinação provocada pelas flores.


A história já começa empolgante com um texto de ambientação exemplar: “Ouça o vento soprar como uma alma atormentada... veja a magnitude da lua pálida... respire fundo e sinta o odor da morte...”, seguido de uma cena de ação que de tirar o fôlego.

É curioso perceber como os roteiristas da época tinhama tendência de colocar títulos enormes. Outra curiosidade é que, embora o nome do Robin apareça no título da revist, o personagem não aparece uma única vez na história.

Recanto dos amigos

 


 

Recanto dos amigos é um dos balneários mais próximos de Macapá. Situado a 17 km da cidade, pouco depois da lixeira pública, ele é banhado pelo rio Matapi. A correnteza normalmente não é muito forte, além disso, a estrutura conta com rampas, que tornam o diversão mais segura, especialmente para quem não sabe nadar e para crianças. A área coberta é ampla e permite até mesmo armar uma rede para descansar. A comida é de ótima qualidade, com destaque para os peixes. 

Por ser próximo da cidade, o local é point de ciclistas, que param no local para tomar um generoso café da manhã. 

O local é totalmente família, sem som alto e sem bêbados. 

Para chegar ao local é fácil. Pegue a BR e preste atenção às placas. O ramal fica à esquerda, alguns quilômetros depois da lixeira pública. É possível falar diretamente com o dono, senhor Ismael, pelo número (96) 991283718. Aliás, outro dos destaques do local é simpatia do dono e dos funcionários. 

Confira algumas fotos do local. 

A rampa dá sergurança para crianças e pessoas que não sabem nadar. 
A paisagem é bucólica. 
As crianças se divertem a valer. 

A comida é bem servida e feita em fogão a lenha. 
Que tal apreciar um camarão à beira do rio? 

O local conta com brinquedos para as crianças.
Um ótimo local para descansar e relaxar.