O segundo álbum da série Tenente Blueberry já encontra o
personagem em plena guerra.
O Forte Navajo está cercado por apaches depois que aqui de seus
principais líderes foram presos no forte.
Blueberry se oferece para ir até a cidade de Tucson para conseguir
remédio para o coronel que comanda o.local na esperança de que ele faça um
acordo com os indígenas, já que o homem que assumiu seu posto após a doença
parece pensar apenas em ampliar o conflito.
Mas como sair do forte totalmente cercado?
Giraud já revelava seu talento único em cenas como essa. |
Aqui temos a genialidade de Charlier, que consegue criar um plano
totalmente verossímil e inteligente.
O personagem embarca numa jornada de perigos que se sucedem
interruptamente. A história, nesse sentido, lembra as matinês antigas. Mas se
nas matinês as soluções eram forçadas, aqui nós realmente acreditamos que o
personagem corre perigo e a forma como ele se livra desses perigos é totalmente
lógica dentro da construção do roteiro. Destaque para a sequência na qual o
personagem atravessa o deserto, perde o cavalo e tudo leva a crer que ele
morrerá de sede. A narrativa é envolvente de forma que nós colocamos no lugar
do herói.
A sequência do deserto é marcante. |
Nessa fase, indígenas e mexicanos ainda eram mostrados como
vilões, embora uma visão mais realista e humanitária já estivesse sendo
gestada. O grande vilão desses dois primeiros álbuns é um militar que, em seu
ódio contra indígenas acaba provocando uma guerra. Fora eles, os outros
personagens parecem apenas estar sendo arrastados na direção da tragédia.
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