segunda-feira, fevereiro 05, 2024

Perry Rhodan – Nas algemas da eternidade

 

Em sua primeira ida ao planeta Druufon, Rhodan acaba inadivertidamente saltando para o centro de pesquisa desse povo e é salvo por um representante daquela raça misteriosa. O que levaria um druff a salvar os terranos? Essa pergunta é respondida no número 77 da série.

Na trama, Rhodan se encontra no meio de seu jogo duplo, de parecer um aliado dos druufs ao mesmo tempo em que se prepara para ajudar os arcônidas. Na verdade, uma brecha entre as duas dimensões temporais se abriu fazendo com que os druffs invadam nosso universo. Mesmo com milhares de naves, o regente pede, desesperadamente, a ajuda dos terranos.

Mas a principal preocupação de Rhodan é descobrir quem é o desconhecido que o ajudou. A resposta para isso revela o planejamento da série a longo prazo. No druuf em questão incorporara um mutante que aparenemtente havia morrido lá nas primeiras histórias da série, um ser capaz de viajar em espírito pelo tempo.

A capa alemã destaca o personagem Harno, uma bola capaz de transmitir imagens de qualquer ponto do universo. 


Clark Darlton, o autor do livro, consegue resumir bem os acontecimentos passados sem parecer que a narrativa parou. Ao contrário: esse é um dos momentos mais interessantes da obra.

A descoberta a respeito de quem é o misterioso aliado faz Rhodan estabelecer um plano audacioso cujo objetivo é roubar algumas das tecnologias dos druufs que poderão ser essenciais para o resultado da guerra. Ele faz isso no meio de uma batalha entre as duas dimensões. O plano é bem bolado e a narrativa é frenética e verossímil. Tudo se encaixa perfeitamente.

Esse livro reúne na medida certa, e desde o começo, quantidades de ação, mistério e revelações, o que faz dele um daqueles volumes que nos fazem querer continuar lendo a série.

A única coisa que decididamente não encaixa é a capa feita por Gray Morrow para a edição americana, que foi usada na edição da Ediouro. A imagem mostra um cavaleiro medieval segurando um escudo e uma águia. É um daqueles casos em que Morrow não tinha a menor noção do assunto do livro.

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