O sucesso das aventuras de Xisto levou a escritora Lúcia Machado de Almeida a produzir duas outras obras com o personagem, Xisto no espaço e Xisto e o pássaro cósmico.
Esse
último foi inicialmente publicado como Xisto e o saca-rolha. Quando resolveram lançar
na coleção Vaga Lume, os editores devem ter percebido que aquele não era um bom
título e mudaram, dando ênfase ao pássaro cósmico inclusive na capa.
Na
trama, um disco voador explode e cai no mar, próximo ao país governado por
Xisto. Dos destroços surge um belíssimo pássaro azul: “Era linda e media cerca
de dois metros com as asas abertas. Uma levíssima penugem azul cobria-lhe o
corpo todo como se feito de lamê brilhante”, escreve Lúcia Machado de Almeida.
Xisto
chega a dar uma festa para mostrar a novidade para a população, mas a ave
morre, deixando, no entanto, um ovo.
Algum
tempo depois uma plantação é arrasada por algo que parece uma mola e esse
mecanismo (ou ser) estranho começa a provocar grande estragos no reino. Ao
mesmo tempo, várias fatos estranhos começam a ser observados, como copos que se
levantam sozinhos, garrafas de leite que se esvaziam sozinhas e outros fatos
semelhantes. Os dois fatos, embora muito diversos, parecem estar de alguma
forma relacionados.
De
todos os livros da série, esse é o menos interessante. A escritora reutiliza
algumas estratégias de outros livros, o que torna relativamente fácil adivinhar
o que está acontecendo. Outro problema é que, nos livros anteriores, Xisto
enfrentava diversos perigos em sequência, numa verdadeira jornada. Aqui, temos
só um perigo (o Saca-rolhas), o que torna a trama menos interessante.
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