Segundo o roteirista e edtor Roy Thomas, no início da década de 1970, qualquer quadrinho que tivesse o traço de John Romita, mesmo que fosse apenas na capa, virava imediatamente um campeão de vendas. Não era para menos. Esse descendente de italianos, filho de pai padeiro e mãe dona de casa, tinha sido o grande responsável por transformar o Homem-aranha no gibi mais vendido da Marvel (até então esse posto era ocupado pelo Quarteto Fantástico).
Romita começou sua carreira em 1949 quando desenhou uma história romântica para a revista Famous Funnies. Embora paga, a história nunca foi publicada - segundo Romita, as mulheres pareciam homens. Pouco tempo depois ele encontrou no metrô com um amigo de escola, que lhe ofereceu uma parceria para desenhar uma HQ para a Timely. Esse trabalho fez com que ele conhecesse Stan Lee, que futuramente seria seu grande parceiro em Homem-aranha.
Em meados da década de 1950 ele começou sua colaboração para a DC Comics, onde se destacou com os títulos de romance - o que fez com que ele se tornasse um especialista em desenhar mulheres - um dos seus grandes trunfos na sua fase no Homem-aranha.
Já no final da década de 1960, ele saiu da DC Comics para trabalhar com publicidade. Ao saber disso, Stan Lee pediu um encontro com ele no qual prometeu pagar o mesmo que a agência. Romita foi testado numa história do Demolidor onde aparecia o Homem-aranha e, quando Steve Ditko saiu do título do aracnídeo, era a pessoa certa para assumir o título. Seu traço elegante, com belas mulheres era perfeito para o clima de novelão que Stan Lee pretendia imprimir ao título.
Já na década de 1970, Romita deixou a revista do Homem-aranha para se dedicar apenas a ser o diretor artístico da Marvel. Ele só voltaria ao personagem no final da década de 1970, com as tiras do personagem.
John Romita Sr. é pai de outro grande desenhista da Marvel, John Romita Jr.
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