Nos números 393 e 394 da revista Batman, o personagem enfrentou um dos seus adversários mais perigosos numa trama muito bem conduzida pelo roteirista Doug Moench e pelo desenhista Paul Gulacy.
No centro da trama está uma estátua de um cossaco. Como não tem interesse em arte pré-revolucionária, a união soviética pretende leiloar a peça, mas Batman descobre que há algo por trás desse leilão, algo mortal, que poderá resultar em um desastre para Gothan.
A trama gira em torno de uma estátua de um cossaco. |
Por trás de toda a trama está o Cavaleiro Negro, um agente da KGB viciado em endorfinas que pretende provocar a terceira guerra mundial. Para impedi-lo, juntam-se a CIA, o FBI e o cavaleiro das trevas.
A melhor parte da história é quando Batman começa a trabalhar em conjunto com uma agente russa, Kátia, o que rende bons diálogos e uma química única. A relação entre os dois fica entre as faíscas e alfinetadas mútuas e a atração sexual. À certa altura, por exemplo, ela pergunta o que ela achou da suíte que ele reservou para ela. “Se eu gostei, Batman? Estou me sentindo como uma estrela de Hollywood! Sim, Batman... os russos também entendem de cinema americano... a KGB quer que seus agentes sejam bem informados em todos os assuntos!”. “Gozado. A CIA não costuma exibir filmes russos para os seus agentes”, responde o homem-morcego.
As melhores sequências envolvem o relaciomento conturbado de Batman com a agente da KGB. |
Essa é uma boa trama de ação e espionagem, com um Batman que age de maneira racional e não tira deduções da cartola como um mágico. Ponto para Doug Moench e principalmente para Paul Gulacy, que com seu traço fotográfico consegue imprimir o visual perfeito para a história.
Ao publicar a história, a Abril substituiu a belíssima capa de Batman 394 por uma versão muito inferior. |
No Brasil essa história foi publicada pela editora Abril em Batman 5 e 6 (segunda série).
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