O volume 63 da série Perry Rhodan é focado numa grave ameaça à humanidade: os saltadores, em conjunto com o regente robótico de Árcon querem criar um goniômetro, um aparelho capaz de identificar a origem de qualquer nave após o salto, mesmo que esta use os compensadores estruturais. Com isso, a localização do planeta Terra poderá ser descoberta, o que poderá inclusive redundar em sua destruição.
O aparelho está sendo construído no planeta Swoofon e o plano de Rhodan é introduzir agentes no local para copiarem os planos do mesmo com o objetivo de criar um outro mecanismo, que o neutralize.
Para isso, ele cria uma estratégia de distração, pousa no planeta com três grandes naves terrenas e isola o sistema alegando que está procurando um criminoso que estaria, de alguma forma, ligado aos invisíveis.
É uma trama forçada e morosa, que nem mesmo o texto de Clark Darlton consegue salvar.
A capa da edição alemã destacou os habitantes de Swoofon. |
O livro acaba valendo muito mais pelas descrições do mundo Swoofon e seus simpáticos habitantes, pequenos como pepinos, capazes de enxergar em nível quase atômico e dotados de quatro braços com mãos extremamente habilidosas. Os aparelhos fabricados por eles mal podem ser vistos a olho nu. São capazes de construir, por exemplo, transmissores que podem ser guardados no buraco de uma agulha.
A série, que inicialmente apresentava aparelhos cibernéticos imensos, torna-se antecipatória ao prever o surgimento da miniaturização, um fenômeno que vemos nos dias atuais.
Em tempo: o livro fica mais interessante no final, quando o novo plano de Rhodan precisa de um disfarce. Isso gera um impasse ético que é bem aproveitado por Clark Darlton.
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