No número 6 da revista do Quarteto Fantástico o grupo enfrentou as duas maiores ameaças encontradas até o momento: Dr. Destino e Namor.
Na trama, Destino resolve aproveitar o ódio de Namor pela humanidade transformando-o em um aliado para acabar com o Quarteto Fantástico. Assim, ele o usa para colocar um “buscador”, um aparelho que quando agarra em algo exerce uma força magnética nele, levando-o até o dono do controle remoto.
O plano é tão simples quanto non-sense: colocar o buscador no edifício Baxter e, usando uma nave espacial, jogar o edifício na direção do Sol. Eu lia e me perguntava: como é possível tirar um edifício, arrancando-o de suas fundações, sem que ele desmorone? Mas naqueles tempos valia tudo.
Sue, dividida entre dois amores. |
Essa história tem uma cena interessante, que mostra o quanto Stan Lee estava revolucionando as história. À certa altura Johnny encontra uma foto de Namor no meio das coisas de Sue. “Creio que você me deve uma explicação, Sue”, pede Reed Richards. “Como posso explicar algo que nem eu mesmo entendo? Sei que Namor é nosso inimigo, mas...”. Estava estabelecido ali o triângulo amoroso mais famoso dos quadrinhos de super-heróis.
Aliás, quando Namor aparece no prédio, Sue corre para defende-lo (ah, o amor!). “Não, vocês não podem atacá-lo! Precisam ouvi-lo! Ele não está nem mesmo tentando se defender!”.
Um edifício sendo levado pelo espaço? Stan, dessa vez, você exagerou. |
Apesar da trama maluca do edifício sendo levado pelo espaço, há um momento que mostra que Stan Lee tinha sim alguma preocupação científica. Quando o Tocha Humana tenta alcançar a nave de Destino, ele descobre que a falta de oxigênio faz com que suas chamas se apaguem.
Dessas primeiras histórias essa é a mais empolgante. O perigo aqui parece real e a solução parece impossível. Uma obra-prima de uma dupla que ainda iria realizar muitas obras-primas.
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