sábado, novembro 23, 2024

Tropa Alfa – As coisas nem sempre são o que parecem

 


Seguindo a lógica de dedicar cada um dos primeiros números da Tropa Alfa a um herói, John Byrne colocou o Sasquatch como protagonista dos números 9 e 10.

Na história, Langkowski é chamado para investigar leituras estranhas na estação de raios cósmicos do Monte Logan. Estranhamente as leituras pareciam indicar um ritmo biológico. Quando os cientistas montam uma antena de captação, o Coisa surge no local.

Parece o Coisa, mas é o Super-Skrull. 


No final, claro, não era de fato o membro do Quarteto Fantástico, mas um vilão que emulava seus poderes, o Super-Skrull, o que garante todo o porradal obrigatório de uma história em quadrinhos de super-heróis.

O surgimento do Super-Skrull parece unicamente uma desculpa para arranjar um adeversário à altura do Sasquatch (Byrne chega a agradecer a um amigo por ter sugerido o confronto).

Há algo de irracional no herói peludo? 


Apesar da narrativa muito bem fluída e elegante de Byrne, o volume peca por falta de profundidade. O único aspecto realmente interessante é que, quando o cientista se transforma no monstro, ele está com o braço quebrado, e isso faz com que  Sasquatch surja com uma ferocidade inesperada e irracional, o que deixa para o leitor a percepção de que em algum momento esse lado irracional poderá tomar conta do personagem. Mas isso fica muito mais como promessa. Byrne joga com bons conceitos, mas raramente parece disposto a levá-los ao seu máximo criativo.

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