Seguindo a lógica de dedicar cada um dos primeiros números da Tropa Alfa a um herói, John Byrne colocou o Sasquatch como protagonista dos números 9 e 10.
Na história, Langkowski é
chamado para investigar leituras estranhas na estação de raios cósmicos do
Monte Logan. Estranhamente as leituras pareciam indicar um ritmo biológico. Quando
os cientistas montam uma antena de captação, o Coisa surge no local.
Parece o Coisa, mas é o Super-Skrull.
No final, claro, não era
de fato o membro do Quarteto Fantástico, mas um vilão que emulava seus poderes,
o Super-Skrull, o que garante todo o porradal obrigatório de uma história em
quadrinhos de super-heróis.
O surgimento do
Super-Skrull parece unicamente uma desculpa para arranjar um adeversário à
altura do Sasquatch (Byrne chega a agradecer a um amigo por ter sugerido o
confronto).
Há algo de irracional no herói peludo?
Apesar da narrativa
muito bem fluída e elegante de Byrne, o volume peca por falta de profundidade. O
único aspecto realmente interessante é que, quando o cientista se transforma no
monstro, ele está com o braço quebrado, e isso faz com que Sasquatch surja com uma ferocidade inesperada
e irracional, o que deixa para o leitor a percepção de que em algum momento
esse lado irracional poderá tomar conta do personagem. Mas isso fica muito mais
como promessa. Byrne joga com bons conceitos, mas raramente parece disposto a levá-los
ao seu máximo criativo.
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