quarta-feira, dezembro 25, 2024

O conto de Natal do Jonah

 

Durante anos a Marvel manteve  a tradição de lançar edições especiais nas quais seus personagens viviam histórias natalinas. No ano de 2004, o roteirista Tom De Falco encarou o desafio de adaptar Um conto de natal, de Charles Dickens, para o mundo dos super-heróis.

A história se passa no Clarin Diário, com os funcionários (que foram obrigados a trabalhar em plena véspera de Natal), preparando a decoração. Alguém prende no teto uma faixa escrita Feliz Natal sobre o olhar reprovador de JJ Jameson. “Odeio o Natal tanto quanto odeio um certo imbecil cabeça de teia! Meus funcionários acham que podem me extorquir no Natal, ganhando o dia sem trabalhar e ainda tendo um bônus!”, reclama ele.

O Capitão América é o fantasma dos natais passados. 


Embora os próprios funcionários tenham pago pela decoração e pela comida, o dono do Clarin acha que está sendo lesado por usarem suas instalações.

Quando surge a notícia de que há uma confusão no porto, ele entra em seu escritório para ligar a TV e tentar conseguir alguma informação... e é quando ele é visitado por três fantasmas, aqui representados pelo Capitão América, o Coisa e pelo Homem-aranha, cada um lhe mostrando o passado, o presente e o futuro.

Na história descobrimos que, na infância, JJ era fã dos sper-heróis. 


Algo interessante é que descobrimos que a esposa de JJ foi morta por um homem mascarado, o que o fez odiar super-heróis. Mas não sabemos como isso aconteceu nem quem de fato era o mascarado (poderia ser um vilão?).

As histórias de Natal eram uma tradição na Marvel. 


O roteiro parece meio forçado em alguns momentos, mas no geral funciona. O maior problema aqui parece o desenhista Takeshi Migazawa, esquemático e padrão demais, especialmente nas sequências de diálogos nos quais ele faz de tudo para se livrar dos cenários. Ele parece mais à vontade quando desenha super-heróis, como na imagem final da HQ.

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