Durante anos a Marvel manteve a tradição de lançar edições especiais nas
quais seus personagens viviam histórias natalinas. No ano de 2004, o roteirista
Tom De Falco encarou o desafio de adaptar Um conto de natal, de Charles
Dickens, para o mundo dos super-heróis.
A história se passa no Clarin Diário, com os
funcionários (que foram obrigados a trabalhar em plena véspera de Natal),
preparando a decoração. Alguém prende no teto uma faixa escrita Feliz Natal
sobre o olhar reprovador de JJ Jameson. “Odeio o Natal tanto quanto odeio um
certo imbecil cabeça de teia! Meus funcionários acham que podem me extorquir no
Natal, ganhando o dia sem trabalhar e ainda tendo um bônus!”, reclama ele.
O Capitão América é o fantasma dos natais passados.
Embora os próprios funcionários tenham pago
pela decoração e pela comida, o dono do Clarin acha que está sendo lesado por
usarem suas instalações.
Quando surge a notícia de que há uma confusão
no porto, ele entra em seu escritório para ligar a TV e tentar conseguir alguma
informação... e é quando ele é visitado por três fantasmas, aqui representados
pelo Capitão América, o Coisa e pelo Homem-aranha, cada um lhe mostrando o
passado, o presente e o futuro.
Na história descobrimos que, na infância, JJ era fã dos sper-heróis.
Algo interessante é que descobrimos que a
esposa de JJ foi morta por um homem mascarado, o que o fez odiar super-heróis.
Mas não sabemos como isso aconteceu nem quem de fato era o mascarado (poderia
ser um vilão?).
As histórias de Natal eram uma tradição na Marvel.
O roteiro parece meio forçado em alguns
momentos, mas no geral funciona. O maior problema aqui parece o desenhista
Takeshi Migazawa, esquemático e padrão demais, especialmente nas sequências de
diálogos nos quais ele faz de tudo para se livrar dos cenários. Ele parece mais
à vontade quando desenha super-heróis, como na imagem final da HQ.
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