segunda-feira, janeiro 13, 2025

Fundo do baú - Conan, o aventureiro

 


As histórias de Conan, criadas por Rober E. Howard, são repletas de violência e têm como protagonista um anti-herói que vive como ladrão. Se parecia impossível transpor esse mote em um desenho animado para crianças, a versão animada, criada por Christy Marx e exibido entre 1992 e 1993 mostrou que... sim, é impossível!

Na história, Conan está com seu avô na Ciméria quando caem meteoros do céu. Ele pega um deles e percebe que se trata de um metal extremamente duro. Os problemas já começam aí. Os meteoros acabaram de cair, inclusive estão brilhando de calor, e o herói os pega com a mão!

Mas vamos relevar isso e seguir em frente. Ao perceber que aquilo poderia ser aproveitado, Conan recolhe todas as pedras e leva para seu pai ferreiro, que transforma todas as pedras em armas, incluindo uma espada presa em uma espécie de sarcófago que será de Conan quando ele finalmente conseguir levantar a tampa.

Só que mais alguém está atrás do metal estelar: Wrath-Amon, um vilão que adora um deus serpente chamado Set. Set foi, em um passado remoto, enviado para outra dimensão e só o metal das estrelas pode trazê-lo de volta. Como nos desenhos da época era sempre necessário incluir um alívio cômico, o vilão tem um ajudante, um mascote de voz aguda que se assusta com tudo. Quando cai a chuva de meteoros, por exemplo, ele começa a girar em torno de si mesmo e gritar: “Estamos acabados! Estamos acabados!”.

Ao tentar capturar o metal estelar, Wrath-Amon  vai à aldeia de Conan e transforma o pai dele em pedra (mortes em um desenho animado? Nem pensar!) e tem de enfrentar Conan com sua espada. Para evitar a violência gráfica, ao invés de ferir os asseclas de Wrath-Amon , a espada só os manda para outra dimensão.

Agora Conan precisa encontrar o vilão e dar um jeito de transformar seu pai em humano de novo. Para isso ele conta com a ajuda de um feiticeiro que lhe dá um escudo e... uma fênix! Até aí tudo bem, mas a Fênix é outro alívio cômico (pelo jeito, na época, era necessário que tanto o vilão quanto o herói tivessem mascotes alívios cômicos).

Os diálogos em português chegavam ao ponto de serem constrangedores, como: “Então eu vou destruí-lo... e seu anel também!”.

No total foram produzidos 65 episódios de Conan, o aventureiro.

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