As histórias de Conan,
criadas por Rober E. Howard, são repletas de violência e têm como protagonista
um anti-herói que vive como ladrão. Se parecia impossível transpor esse mote em
um desenho animado para crianças, a versão animada, criada por Christy Marx e
exibido entre 1992 e 1993 mostrou que... sim, é impossível!
Na história, Conan está
com seu avô na Ciméria quando caem meteoros do céu. Ele pega um deles e percebe
que se trata de um metal extremamente duro. Os problemas já começam aí. Os
meteoros acabaram de cair, inclusive estão brilhando de calor, e o herói os
pega com a mão!
Mas vamos relevar isso e
seguir em frente. Ao perceber que aquilo poderia ser aproveitado, Conan recolhe
todas as pedras e leva para seu pai ferreiro, que transforma todas as pedras em
armas, incluindo uma espada presa em uma espécie de sarcófago que será de Conan
quando ele finalmente conseguir levantar a tampa.
Só que mais alguém está
atrás do metal estelar: Wrath-Amon, um vilão que adora um deus serpente
chamado Set. Set foi, em um passado remoto, enviado para outra dimensão e só o
metal das estrelas pode trazê-lo de volta. Como nos desenhos da época era
sempre necessário incluir um alívio cômico, o vilão tem um ajudante, um mascote
de voz aguda que se assusta com tudo. Quando cai a chuva de meteoros, por
exemplo, ele começa a girar em torno de si mesmo e gritar: “Estamos acabados!
Estamos acabados!”.
Ao tentar capturar o metal estelar, Wrath-Amon vai à
aldeia de Conan e transforma o pai dele em pedra (mortes em um desenho animado?
Nem pensar!) e tem de enfrentar Conan com sua espada. Para evitar a violência
gráfica, ao invés de ferir os asseclas de Wrath-Amon , a espada só os
manda para outra dimensão.
Agora Conan precisa encontrar o vilão e dar um jeito de
transformar seu pai em humano de novo. Para isso ele conta com a ajuda de um
feiticeiro que lhe dá um escudo e... uma fênix! Até aí tudo bem, mas a Fênix é
outro alívio cômico (pelo jeito, na época, era necessário que tanto o vilão
quanto o herói tivessem mascotes alívios cômicos).
Os diálogos em português chegavam ao ponto de serem
constrangedores, como: “Então eu vou destruí-lo... e seu anel também!”.
No total foram produzidos 65 episódios de Conan, o
aventureiro.
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