O número 209 da série Perry Rhodan apresenta
um tipo de perigo tão inusitado quanto perigoso: pequenos e pacíficos ursinhos
amarelos.
Na história, a Crest II chegou ao último nível
do mundo oco antes de emergirem para a crosta do planeta. É quando são “atacados”
pelos tais ursinhos. A questão é que eles acham que os terranos são seus
senhores, que foram mortos em uma guerra acontecida há milênios e que novamente
voltaram. Os ursinhos tinham com os senhores uma relação de simbiose. Enquanto os
senhores eram puramente racionais e não conseguiam ter sentimentos, os pequenos
seres lhes proporcionavam emoções, em especial felicidade.
No entanto, com os terranos isso se torna um
perigo, pois os reduz à inatividade. Como diz Clark Darlton, autor do volume: “Os
animais encostavam-se carinhosamente nos homens, cujos rostos só retratavam
alegria e felicidade”. O próprio Darlton resume: “Esses animaizinhos, que
pareciam seres pacatos e inofensivos, eram os adversários mais perigosos que
alguém poderia imaginar”.
É necessário fazer um comentário aqui sobre o
nome dos ursinhos: “Matadores aparentes”, um nome totalmente despropositado, já
que eles não matam ninguém durante a história. A impressão que tenho é de que
os autores da série, ao escolher os nome dos personagens alienígenas, escolhiam
palavras aleatórias no dicionário.
Nessa história, quem salva a pátria é Gucky
(como sempre), Icho Tolot e Melbar Kason, que são imunes à influência dos
matadores aparentes.
Darlton é um dos meus escritores prediletos
na série e mostra isso nesse volume, criando uma solução conciliatória, que não
envolve violência.
Foram histórias desse tipo que fizeram do
quinto ciclo o mais querido entre os fãs.
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