No número 9 já estava claro para todos os leitores que o gibi do Quarteto Fantástico era o mais revolucionário do mercado norte-americano por mostrar super-heróis totalmente diferentes de tudo que se havia visto até então.
Nesse número a primeira família simplesmente conhece a falência. Embora tenha ganhado uma fortuna com a venda de patentes, reed Richards perde num investimento desastrado na bolsa de valores. O edifício fica cheio de credores e a única solução parece ser desfazer o grupo.
Então temos algumas sequências maravilhosas que brincam exatamente com isso e marcam a diferença desses novos heróis para os antigos.
 |
| Os credores se acumulam à porta do Edifício Baxter. O Quarteto está falido! |
À certa altura, por exemplo, o Senhor Fantástico diz que a única forma de ganhar dinheiro com superpoderes é cometendo crimes, o que seria inconcebível, ao que o Coisa responde: “Ah, é? Bem, eu vou considerar essa possibilidade!
Em outro momento Reed Richards olha um gibi e lamenta: “Se pudéssemos ser como alguns desses super-heróis dos gibis, Sue! Eles nunca se preocupam com dinheiro! A vida é um passeio para eles”. De fato, na época, quem poderia imaginar o super-homem contando dinheiro para pagar o aluguel ou Bruce Wayne às voltas com um golpe em sua empresa? Ao mostrar o Quarteto como pessoas reais, com problemas reais, Stan Lee e Jack Kirby criavam uma empatia única com os leitores, que se viam naqueles personagens.
 |
| "Que bom seria se fôssemos como os heróis dos gibis. A vida para eles é um passeio!". |
Claro que tudo isso é resolvido da forma mais mirabolante possível: eles recebem uma proposta milionária para fazer um filme, mas depois descobrem que o produtor é ninguém menos que Nmaor, o príncipe submarino. Ao vê-lo, Sue pensa, apaixonada: “Oh, ele é tão seguro de si... tão confiante!”. Não bastassem todas as inovações do título, o Quarteto também, provavelmente, introduziu o primeiro triângulo amoroso dos quadrinhos de super-heróis.
Sem comentários:
Enviar um comentário