segunda-feira, março 31, 2025
Titãs - a série
Rio Pedreira Eco Hostel
O Rio Pedreira Eco Hostel fica em Santo Antônio da Pedreira a 45 km de Macapá, indo pela AP 070 (rodovia do Curiaú). São três chalé à beira do rio Pedreira.
Cada chalé tem o nome de uma localidade: Santo Antônio, Lontra e Abacate. O Lontra é o maior, contando com duas camas de casal e uma cama de solteiro. Os outros têm uma cama de casal e uma cama de solteiro. Os chalés contam ainda com geladeira, fogão, pia, churrasqueira, talheres, pratos e panelas.
O local não serve comida, então é necssário levar tudo que for consumir, inclusive água. Em Santo Antônio existe uma mercearia que vende itens básicos, como água, ovos e pão. Também é possível comprar queijos regionais.
O grande atrativo do Rio Pedreira Eco Hostel é a proximidade com a natureza e a bela paisagem. Os chalém ficam próximos da floresta e é possível ouvir todo tipo de sons do mundo animal, incluindo o ritual dos macacos bugios, cujos urros são ouvidos por toda a região. Esse ritual normalmente acontece no início da manhã e da noite. A proximidade com a floresta também torna a temperatura muito mais agradável do que na cidade.
Outra atração, claro, é o rio. O local conta com um tablado, o que facilita para quem está com criança. Mas atenção: a correnteza pode se tornar forte, então é preciso atenção total aos pequenos.
Enfim, o Rio Pedreira Eco Hostel é um local para ir com a família, relaxar e se divertir.
As diárias custam 150 reais por casal (pessoas a mais pagam 50 reais cada - crianças até 6 anos não pagam). As reservas devem ser feitas com a simpática proprietária do local, a Sandra, pelo número (96) 991156162.
O local conta com três chalés. |
Todos os chalés têm cama de casal e solteiro. Também é possível armar rede. |
Caçador - o anti-herói da DC Comics
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Primeira página da primeira história: narrativa em flash back. |
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A narrativa visual lembra o que Frank Miller faria anos depois no Demolidor. |
Perry Rhodan – Gigantes do polo sul
No número 213 da série Perry Rhodan os personagens estão miniaturizados (em uma proporção de um para mil) na superfície do planeta Horror. A única chance de voltar ao normal parece ser destruir a base no polo sul, o que, teoricamente, os devolveria ao tamanho normal.
Mas como seres minúsculos, reduzidos a
insetos, poderiam destruir uma base com quilômetros de extensão? E pior: sem
poder usar armas atômicas, já que todo o material atômico perdeu sua função
durante o processo de miniaturização. Além disso, eles podem contar apenas com
aviões dos modelos antigos.
O volume é o relato dessa missão suicida e
árdua cujo melhor momento é a escalada pela cúpula que protege a base. Os
personagens são tão pequenos que conseguem descansar nas reentrâncias do metal.
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Capa alemã. |
Além da própria dificuldade da escalada em
si, o grupo ainda precisa levar os explosivos. Apesar de ser um peso enorme
para os personagens miniaturizados, tudo junto representa apenas um quilo de
explosivos. Seria possível causar algum dano real no equipamento que provocou a
miniaturização?
O livro é escrito por H.G. Ewers, que faz um
bom trabalho, descrevendo bem todos os obstáculos enfretados pelos personagens,
apesar de algumas partes que não fazem sentido ou não estão contextualizadas. À
certa altura, por exemplo, o autor solta a frase: “E tudo isso se juntava ao
ruído provocado pelos átomos liberados...”, mas não explica o que está
provocando isso. Parece que o autor tinha em mente a explicação para essa
frase, mas esqueceu de colocar no livro.
Mas o maior problema desse volume é que ele
parece totalmente descartável. A missão é um retumbante fracasso e não
interfere em nada na situação dos terranos. Eles chegam lá, percebem que o local
é grande demais para se procurar um local estratégico, e simplesmente montam a
bomba na engrenagem mais próxima e depois saem correndo. E, claro, isso não
provoca nenhum dano real, servindo apenas para colocar as defesas da base
mecanizada no encalço dos aviões, provocando mais e mais situações de desgaste
físico e mental.
domingo, março 30, 2025
Perry Rhodan – O olho vermelho do sistema Beta
O número 48 de Perry Rhodan, escrito por Clark Darlton, é um livro viciante por ser a continuação de uma trama muito bem elaborada, que fechava o primeiro ciclo.
Nos números anteriores, os aras resolvem acabar com a Terra e para isso usam os saltadores e superpesados, mas os mutantes conseguem entrar na nave do único superpesado que sabe a posição de nosso planeta e mudam as informações do computador.
A ideia era enganar os aras, saltadores e superpesados, fazendo-os atacar o terceiro planeta do sistema Beta como se fosse a Terra.
O olho vermelho do sistema Beta é focado nas duas naves terrenas que são envidas para esse sistema com a missão de rechaçar os ataques dos superpesados, simulando uma defesa terrena. Mas o major Deringhouse está curioso com o quarto planeta, onde há registro de vida inteligente e resolve investigar, o que leva à trama do volume e à solução magistral para o conflito que se avizinha.
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A capa original alemã. |
É o próprio Deringhouse que batiza o quarto planeta, chamando-o de Aqua.
O planeta é uma incógnita, pois é quase todo tomado por um mar, com uma pequena faixa de terra do tamanho da Europa. No entanto, a única construção que os terrestres encontram é uma construção baixa, com cúpulas, na beira da água. “É uma coisa singular”, pensa o major. “O planeta só tem esse continente e a gente supõe que os habitantes teriam que aproveitar cada metro quadrado. Devia haver lá embaixo um emaranhado de casas e instalações como em nossas capitais. E o que vemos? Nada, absolutamente nada. Onde estão os homens?”.
Essa pergunta estabelece o clima de mistério do volume e é a principal razão pela qual a leitura é interessante no início.
Entretanto, depois, quando os humanos dão de cara com os tópsidas, a trama pega fogo e ganha uma reviravolta inteligentíssima. Os tópsidas foram um dos primeiros adversários siderais dos terranos. Seres reptilianos, eles tentavam invadir o sistema Veja e foram impedidos pelo grupo de Rhodan, que chegou ao ponto de lhes roubar uma nave.
Ao colocar os tópsidas nesse volume, Scheer, o autor da trama geral, costura perfeitamente a história, criando uma situação em que estão no palco todos os principais inimigos dos terranos nesse primeiro ciclo, o que deixa o leitor ainda mais apreensivo para ler o volume seguinte.
Livro analisa a cultura pop
Cultura pop, comunicação e linguagem é uma antologia organizada por Ivan Carlo Andrade de Oliveira (Gian Danton) e Rafael Senra. Divididos em artigos e ensaios, os textos abordam os mais diversos temas dentro do leque da cultura pop.
No âmbito dos quadrinhos, começamos com uma análise da adaptação da história de Conan "A torre do elefante", passando pelo conceito de Gynoid no mangá "Hyper future vision", e até uma interpretação da jornada do herói a partir da saga "Estação das brumas" em Sandman. No campo da música, temos uma abordagem semiótica da capa do álbum "Artpop" da cantora Lady Gaga, e, na interface entre literatura e outras mídias, uma análise de adaptações da obra "The Witcher".
Para completar o livro, os ensaios tratam de representações da Grande Depressão em dois quadrinhos, além das obras de Chris Ware e, para concluir, uma reflexão sobre o papel de Jim Shooter no comando da editora Marvel Comics.
Para baixar, clique aqui.
Sargento Rock – Gargalhadas no Monte Cobra
Era muito comum que as histórias de Sargento Rock escritas por Robert Kanigher partissem de uma situação específica, que era ampliada para se transformar numa HQ. Em Gargalhadas no Monte Cobra, publicada em Our Arm to War 84, a história toda gira em torno de uma piada.
A situação é expressa logo na splash page inicial, um oficial nazista aponta sua arma para a frente, enquanto um tanque atira e diz: “Os amerikaners estão rindo! Eles enlouqueceram devido ao nosso ataque!”. O quadro é dominado por onomtopéias de risadas.
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Os americanos ficaram loucos? |
Na história, a companhia Moleza recebe a missão de tomar o Monte Cobra, onde está entrincheirada uma formação nazista. A situação é totalmente contrária: para começar, o solo é duro demais, de modo que eles não conseguem cavar trincheiras.
No final, eles acabam se abrigando nos buracos provocados pelos bombardeios e oferecem forte resistência. São dias e dias assim, entrincheirados, rechaçando todos os ataques do destacamento nazista.
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A Companhia Moleza se abriga nos buracos provocados pelos bombardeios. |
Quando uma unidade norte-americana vai substitui-los, ao invés de abandonarem seus postos, os homens da moleza simplesmente começam a rir, o que nos leva à situação inicial.
Qual seria a piada?
A piada é que eles estavam tão cansados que não conseguiam sair do lugar – um aspecto central do roteiro que cai por terra quando os nazistas fazem a derradeira investida e são derrotados. Ainda assim, é uma história divertida e bem desenvolvida. Uma curiosidade é que essa hq é desenhada por Irv Novick, e não por Joe Kubert, o co-criador do personagem.
Fundo do baú - O bem-amado
Nenhuma série de televisão conseguiu sintetizar tão bem a política brasileira quanto O bem-amado, de Dias Gomes. Exibida de 1980 a 1984, era baseada numa novela do próprio Dias, de 1973 e, por sua vez, era baseada numa peça de teatro da década de 60. Dias Gomes usava o humor para criticar, de maneira genial, a ditadura militar e a classe política brasileira.
Na história, Odorico Paraguaçu (interpretado por Paulo Gracindo) era um típico coronel do interior da Bahia que domina completamente a política da região. Sua obsessão é inaugurar o novo cemitério da cidade, mas há um problema: ninguém morre em Sucupira. Na história original, Odorico é morto pelo seu jagunço Zeca Diabo (Lima Duarte), sendo, ironicamente, o cadáver que inaugura o cemitério.
Na década de 80, Dias Gomes ressuscitou a história, mudando o contexto e ampliando muito a trama (os personagens chegam a viajar para Nova York) e usando o pano de fundo para criticar tudo que ocorria na política nacional.
Odorico era famoso pelas frases de efeito e pelos neologismos, como “Vamos botar de lado os entretantos e partir logo pros finalmentes”, “Pra cada problemática tem uma solucionática”, “mormente”, “apenasmente” e “bastantemente”.
Miss Potter
Beatrix Potter foi uma das mais importantes escritoras e ilustradoras infantis de todos os tempos. Suas obras sobre animais revolucionaram o gênero no século XIX e a tornaram rica, o que lhe permitiu comprar diversas fazendas para transformá-las em reservas ambientais.
É a história dessa personagem fascinante que o diretor Chris Noonan conta no filme Miss Potter, disponível na Netflix. Nooman é o mesmo diretor do filme Babe, sobre um porquinho, o que o torna a pessoa certa para o projeto.
Noonan usa live action e animação em sua narrativa. Assim, se por um lado temos os atores, em um ótimo elenco encabeçado por Renée Zellweger, por outro, temos cenas de animação, nas quais os personagens de Potter, a exemplo de Peter Rabbit, interagem com a protagonista. Isso dá uma leveza única para a narrativa.
Mas não pense que se trata de um filme apenas leve. Há momentos de drama e conflito, em especial com a mãe, que se nega a perceber os méritos e sucessos da filha e a quer casar com um jovem da nobreza, afinal, a família Potter era formada por novos ricos, que ansiavam por ascender socialmente – e o casamento de Beatrix era um caminho para isso.
Beatrix Potter, como mostra o filme, não era apenas uma inovadora na literatura, mas também no papel das mulheres na sociedade da época.
O filme inclui até mesmo momentos de drama, mas mesmo nesses momentos não perde a leveza e o encanto.
sábado, março 29, 2025
A arte de Garcia-Lopez, o homem DC
