Uma das características da Marvel na Era de
Bronze era a reciclagem de ideias. Isso pode ser percebido, por exemplo, em
Rocha Lunar, que era um homem, vilão do Capitão América e foi transformado por
Roger Stern em uma mulher, inimiga do Hulk (uma opção, aliás, que parece muito
mais apropriada).
Nessa nova versão, publicada nos número 228 e
229 de The incredible Hulk, ela é Karla Sofen, uma psiquiatra que manipula o
Rocha Lunar original para fazer com que ele lhe entregue a pedra que lhe dá
poderes. Ela se candidata a ajudar o Dr. Sanson na cura do Hulk, mas na verdade
sua intenção é roubar segredos militares.
Rocha Lunar se apresenta como psiquiatra.
Entretanto, para seu azar, o Hulk está com
insônia... e encontra com ela justamente quando ela está na calada da noite
tentando efetuar seus roubos.
Aqui temos uma dinâmica que seria muito
abordada na fase de Bill Mantlo: o Hulk agindo como herói, mas sendo mal
interpretado pelas autoridades que o consideram um monstro descontrolado.
Mas seu objetivo é roubar segredos militares.
A luta entre o golias esmeralda e a vilã
destrói o prédio, mas todos, inclusive o Dr. Sanson, acreditam que isso é
resultado da fúria do Hulk. Claro que contribui muito para isso as artimanhas
da Dr. Karla, que chega a atingir o herói com um pequeno raio em uma hora em
que ele está calmo, fazendo com que ele se enfureça na frente de dezenas de repórteres.
Manipulados pela vilão, todos acreditam que o Hulk é responsável pela destruição do prédio.
Esse aspecto, de herói incompreendido,
associado à ação avassaladora desenhada por Sal Buscema seriam a fórmula para a
fase mais lembrada do personagem.
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