sexta-feira, setembro 05, 2025

Lanterna e Arqueiro Verde – A ameaça de plástico

 


No número 84 da revista do Lanterna e do Arqueiro Verde, Denny O´Neil e Neal Adams abordaram o tema da alienação.

Na história, o Lanterna descobre que onde a namorada está internada para um tratamento está ameaçada pelo rompimento de uma represa. Quando consegue conter o vazamento, ele é parabenizado pelo prefeito, recebe uma chave e um broche, que espirra perfume.

Um exemplo de como Adams sabia ser inovador na diagramação. 


Toda a cidade é caracterizada por uma distopia capitalista em que as pessoas são controladas pelos broxes, todo o ar é poluído e tudo é de plástico, inclusive a chave da cidade. O plástico aqui tem uma forte simbologia de algo artificial e fútil.

A cidade é uma distopia capitalista em que tudo é de plástico e o ar é poluído. 


A história perde um pouco da força quando se descobre que quem está por trás de tudo é um vilão chamado Mão Negra, mas é ele que nos traz uma definição do que está acontecendo na cidade. Segundo ele, ao serem borrifadas pelo perfume, as pessoas perdem a concentração, sendo incapazes de pensar. ”Lavagem cerebral em massa... seu calhorda! E para que tanto esforço?”, pergunta o herói. “É bem simples, lanterna. Para agradar os patrões. Ao eliminar a ambição e a curiosidade... nós temos empregados perfeitos!”.

O vilão explica o processo pelo qual as pessoas são controladas. 


Embora nem de longe essa história seja o melhor exemplo do trabalho de Neal Adams, ela sem dúvida tem alguns momentos impressionantes. Um deles é a sequência que mostra o Lanterna e a namorada se beijando no chão da sala e os ladrilhos se transformam em quadrinhos que mostram outras atividades do casal, como cavalgar ou nadar. Um ótimo exemplo de como o artista poderia ser inovador na diagramação.

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