terça-feira, fevereiro 28, 2006

Nossa odisséia pelo interior do Amapá

Aqui em casa ninguém gosta de carnaval. Então planejamos fugir da agitação e dos inevitáveis sambas-enredo. Decidimos passar alguns dias no interior do Amapá.
O interior do Estado tem alguns dos locais mais bonitos que já vi. Belezas naturais que não precisam de mais nada para serem agradáveis e perfeitos para quem quer descansar e relaxar em contato com a natureza. Aliás, isso poderia ser usado pelos órgãos de difusão do turismo. O Amapá não tem a menor condição de concorrer com locais cujo carnaval é tradicional, como o Rio de Janeiro e Salvador, mas poderia cooptar justamente o segmento de mercado que não gosta da folia. Imagino até a propaganda: “Fuja da agitação e do stress, venha para o Amapá”.
Com essa idéia na mente, e imbuídos do espírito de colaborar com o Estado (melhor do que viajar e gastar lá fora é viajar aqui e gerar renda aqui) e aproveitando o fato de que estamos sendo visitados por uma sobrinha que não conhece as belezas do Estado, nos preparamos para a viagem. Fizemos a revisão no carro, alinhamento, balanceamento dos pneus, escolhemos os livros e revistas que íamos levar, fizemos as malas... Tudo pronto, dormimos sonhando com as delícias que viriam: o contato relaxante com a natureza, dormir no meio da floresta ouvindo o som das cigarras, acordar de manhã com o som dos pássaros e o cheiro gostoso de orvalho... finalmente uma folga da agitação e do stress.
No dia seguinte acordamos cedo e aprontamos tudo que faltava. Queríamos pegar a estrada cedo para evitar o horário de pico, além de podermos aproveitar melhor o dia maravilhoso que viria pela frente.
Oito horas já estávamos na estrada rumo a um hotel de selva.
Duas horas depois nos deparamos com um portão fechado. Um funcionário no explicou que o local estava fechado.
- Mas vai abrir na quinta-feira, depois do carnaval. – ele disse, para nos consolar.
Ficamos totalmente desconsolados. E agora, o que fazer? Voltar para casa? Depois de duas horas de estrada, valia a pena fazer outras tentativas. Fomos para outro hotel, mas descobrimos que esse também estava fechado.
Em meio à depressão geral que se seguiu, lembrei que certa vez tínhamos ido em outro balneário muito bom, em Porto Grande... e lá fomos nós. Acabamos nos perdendo no meio dos ramais e sub-ramais totalmente sem sinalização e ficamos duas horas andando como baratas, até finalmente conseguirmos chegar ao tão sonhado balneário... apenas para descobrir que ele não existe mais.
Voltamos para casa totalmente desconsolados e arrependidos de não termos viajado para Belém. Passamos o restante do carnaval em casa, ouvindo o vizinho colocar seu brega em volume máximo.
É, no Amapá a melhor forma de fazer turismo ainda é comprar uma passagem para fora do estado...
Mais informações sobre o tornado no jornal A Gazeta.

Tornado em Macapá

Do blog da Alcilene Cavalcante:

"Um tornado assustou Macapá na manhã dessa segunda-feira, deixando centenas de moradores dos bairros Marabaixo I e II desabrigados, derrubando árvores, postes e casas.
Os que viram dizem que ele parecia um sorvetão escuro, por dentro pedaços de pau, de telhas e de galhos.
Os que ouviram dizem que parecia o barulho de um avião caindo.
Uma ressaca ficou como se um trator tivesse passado desmatando tudo.
O governador Waldez Góes e o prefeito João Henrique estiverem no local coordenando as providências de auxílio aos moradores que tiveram suas casas atingidas."

É, para quem achava que as consequências do aquecimento global não iam chegar em Macapá, aí está... tudo é conectado e a poluição que está provocando ciclones nos EUA é a mesma que está provocando tornados em Macapá. Ou começamos a repensar a maneira como tratamos a natureza, ou a tendência será piorar cada vez mais...

Ainda sobre o tornado, gostei de ver os apresentadores do jornal Gazeta na TV. Eles estavam apresentando o jornal justamente na hora do fenômeno e pararam para comentar e narrar o que estava acontecendo. Atuaram como verdadeiros âncoras, e não como filhos da pauta. Ponto para eles!

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

AS AVENTURAS DO BARÃO DE MUNCHAUSEN


De como meu atraso ao pegar o trem em Londres provocou a independência do Brasil

Um conto Barão, ouvido e transcrito pelo senhor Duque Gian Danton, que jura serem todos os fatos aqui transcritos verdadeiros e desafia para um duelo qualquer um que venha a dizer o contrário

Já é por demais conhecido o fascínio que minha presença exerce sobre as mulheres de qualquer espécie, uma paixão desenfreada que quase me custou a vida quando passava férias na África Meridional. Mas essa é uma história que contarei em outra oportunidade. No momento, vou diverti-los um pouco, aproveitando para dar-lhes algumas lições sobre nobreza e cavalheirismo, contando a história de como a paixão de uma dama inglesa e meu atraso ao tomar o trem em Londres provocou a Independência de um simpático país do Novo Mundo chamado Brasil.
Talvez não seja de conhecimento de todos que a corte portuguesa precisou ausentar-se momentaneamente de Lisboa, premida que estava pela necessidade de ver e apreciar novos ares e, também, porque Napoleão Bonaparte lhes estava nos calcanhares.
Uma vez no Novo Mundo, o bom D. João VI percebeu que precisaria deixar um governante nas novas terras quando os homens de Napoleão se cansassem dos fados portugueses. E, fiel ao preceito de que o melhor pirão é o de casa, deixou seu filho, que, no entanto, já se enfadava com as mulheres nativas. Assim, o bom pai prometeu ao filho que lhe enviaria algumas damas européias e, como a Inglaterra era aliada de Portugal, não poderiam vir de outro local esses novos regalos para o jovem príncipe.
Como nessa época eu estava em visita a Portugal e como era o oficial mais eficiente e mais garboso disponível, fui escolhido para a importante missão de negociar com uma respeitável dama de Londres uma remessa para o príncipe.
Ocorre que tal dama não só era respeitável, como era também de bom gosto e não se furtou a se apaixonar por mim, de modo que nos enfurnamos em uma casa aos arredores da capital inglesa e quando saí de lá, descobri que o trem já havia partido.
Como o trem me levaria ao navio, perder o trem era o mesmo que perder o navio, e perder o navio era fracassar na missão. Assim, não tendo o que fazer, voltei para os braços da formosa Dama e nos divertimos mais um pouco.
Foi quando me lembrei de um expediente que utilizei quando do cerco a um castelo no qual estava entrincheirado e procurei o responsável pelos canhões da Rainha. Ele só me pediu uma bola de canhão em troca do que eu lhe solicitava e consegui uma no mercado negro por meras 2 libras. Assim, coloquei-me à frente do canhão e esperei que ele fosse acionado. Assim que ouvi o estrondo, agarrei-me à bola que saía dele e assim fui parar na França.
Usando esse método, fui viajando de lugar em lugar até chegar à África a uma rapidez absurda. Infelizmente os canhões africanos mal alcançavam até o meio do oceano Atlântico e tive de nadar o restante para chegar ao Rio de Janeiro. Todos sabem que sou um ótimo nadador e a verdade é que eu teria chegado antes do barco, não fosse a idéia que me ocorreu de levar comigo a bola de canhão como lembrança dessa fantástica viagem, o que, confesso, me atrasou algum tanto.
O fato é que quando o príncipe viu o navio chegando e não me encontrou a bordo, concluiu que seu pai falhara com ele e decidiu proclamar a independência do país, garantindo assim, para si, um estoque mais constante de moçoilas européias e nativas.
Quando cheguei à praia, descobriram o que havia acontecido, mas já era tarde demais. Assim, os entusiastas da Independência me proclamaram bem-feitor e pude comemorar por 10 dias naquelas terras abençoadas pelo sol. Do dia para noite virei herói nacional e até hoje o dia 31 de março é dedicado à minha memória, dia esse em que os militares brincalhões saem às ruas para comemorar de modo saudável dando tiros para o alto, dançando rumba e derrubando presidentes. Senhores, essa é a minha história, na qual asseguro de que todas as palavras são verdade. E, se algum falastrão duvidar, fá-lo-ei engolir uma garrafa de conhaque com vidro e tudo. Agora, se me dão licença, preciso me recolher aos meus aposentos. Há uma dama lá necessitando urgente de meus atributos... e não é lícito deixar uma dama em sozinha em tal estado...

Série Os anjos

A série Os anjos foi criada por mim em 2004 e publicada na revista eletrônica Mundo Perdido. Como a Mundo deu um tempo, muitos leitores não puderam acompanhar as histórias. Assim, criei um blog para colocar as aventuras de Marcos e seus anjos guardiões. O primeiro capítulo já está disponível. Vou colocar um novo capítulo a cada semana. Também vou aproveitar para publicar as aventuras de Maíra, a guerreira amazona, também criada especialmente para o Mundo Perdido... Confira.
Leia 10 teorias sobre o que realmente está acontecendo na ilha da série Lost.

ENCANTARIAS: a lenda da noite


Finalmente li Encantarias, a lenda da noite. O álbum é um trabalho conjunto dos integrantes do estúdio Casa Velha, de Belém, entre eles Volney Nazareno (criação e roteiro), Julião Cristo (argumento), Fernando Carvalho (arte-final e pintura), Aline Oliveira (letras) e o amapaense Otoniel Oliveira (roteiro, desenho e pintura).
A história em quadrinhos conta a origem da noite, segundo a tradição indígena. Com uma premissa dessas, o caminho mais fácil seria fazer uma narrativa tradicional, mas o grupo mistura a tradição com o novo, ao apresentar inovações narrativas de autores mais recentes (entre eles, eu e Bené Nascimento, os autores britânicos, como Alan Moore, e os europeus da escola franco-belga).
O roteiro é melhor que o de Belém Imaginária, o outro trabalho do grupo, talvez por não ter a obrigação de ser um quadrinho infantil. Isso deixou os artistas mais soltos para experimentar.
O desenho é se mostra pródigo ao retratar mulheres, mas também demonstra um grande domínio da narrativa em quadrinhos. Em uma seqüência, por exemplo, os personagens estão subindo um morro. A leitura é feita de baixo para cima e quando os olhos sobem, nós os encontramos lá em cima.
Outra seqüência impressionante é quando a cobra Honorato enfrenta sua irmã Caninana. Para quem está lendo, é como se tivesse de repente deparado com duas serpentes imensas. Para isso, os autores exploram os ângulos, mostrando Caninana sempre de baixo para cima, deixando o leitor em posição inferior. A única imagem aérea só é mostrada quando o leitor se acostuma com o tamanho enorme da cobra e então aparece seu irmão Honorato, muito maior.
A história é uma espécie de Senhor dos Anéis tucuju: três guerreiros estão a serviço de tupã e precisam encontrar um alguidar que encerra a noite. Para cumprir sua missão, o trio enfrenta os mais terríveis perigos e encontra com os mais variados elementais amazônicos, da Iara ao Curupira.
Uma leitura reconfortante que mostra que não só temos uma cultura rica, como ela pode ser bem aproveitada nos quadrinhos.
A história tem um único senão: há um número talvez excessivo de balões-legenda, todos com texto em cor vermelha o que, se por um lado ajuda no visual, atrapalha na leitura.
O site da revista é: http://www.iluminuras.ppg.br/encantarias

Ps: leiam essa seqüência de texto do álbum, que evoca o tipo de texto que eu usava na época em que trabalhava com o Bené: “Eles tinham participado de competições e duelos mortais. Já tinham enfrentado porcos-do-mato selvagens. Já tinham visto as mais terríveis cerimônias mágicas onde os pajés evocavam espíritos da floresta... mas nunca tinham ficado tão vulneráveis, exaltados ou assustados do que quando estavam sendo levados por vários e vários quilômetros através do rio pelas devastadoras, poderosas e rápidas ondas da pororoca que, pelo comando da mãe-d´água, apenas molhava-lhes de leve”.

domingo, fevereiro 26, 2006

Programa de índio


Planejamos passar o carnaval longe dos batuques e perto da natureza, visitando o interior do Amapá. Chegando lá, encontramos tudo fechado. O Amapá é o único estado em que já vi restaurante fechar para almoço e ponto turístico fechar em feriados. Estou preparando um relato e vou postar aqui...

sábado, fevereiro 25, 2006

Um projeto para vinte anos
Jornalista mostra a cúpula econômica do governo que conseguiu sobreviver intacta ao final dos dois governos de FHC e estabilizou a moeda brasileira
POR GRAZIELA SALOMÃO Leia a matéria

O Jim Morrison dos Quadrinhos

Guilherme Ravache
Fotos: Divulgação
Como seria o Batman se tivesse sido criado nos Estados Unidos em 2039 e não em 1939. Pensando nisso o desenhista Paul Pope criou Batman: Year 100 (previsto para chegar ao Brasil no segundo semestre). Nas 200 páginas de sua história Pope imagina uma América sombria no futuro. Tudo começa quando o policial Gordon em uma de sua rondas encontra o corpo de um homem morto. O principal suspeito do crime? Batman. O homem-morcego é um renegado que foge da lei e luta contra um governo ditatorial que caçou liberdades civis e tenta controlar a todos. Pope diz que sua história de certo modo é uma resposta "americana" à HQ do inglês Alan Moore, que descreve a luta do personagem V contra um sistema ditatorial. A adaptação para o cinema de V de Vingança tem estréia prevista no Brasil dia 7 de abril. Leia mais

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Hoje a cadeira de plástico que uso no computador quebrou. Resolvi criar vergonha na cara e decidi comprar uma cadeira mais resistente. Burro, fui numa loja da 13 de setembro. Lá, encontrei a cadeira que queria e a moça me deu a notinha para pagar no caixa me orientando que eu depois deveria passar no depósito para pegar a cadeira. Perguntei se, enquanto enfrentava a fila, ela poderia providenciar que a cadeira viesse do depósito, mas ela disse que era impossível. Fiquei meia-hora esperando e no final, quando cheguei no caixa, descobri que eles não estavam aceitando cartão visa, nem visa electron. “Por que vocês não avisaram?”, perguntei. E ela: “Eu vou adivinhar que você vai pagar com cartão?”. Enquanto a maioria das lojas se esmera para tornar a compra cada vez mais fácil e rápida, essa loja da 13 ainda está na Idade da Pedra... e não me venha me sugerir que eu poderia pagar com cheque. Deixei de usar cheque depois que fui fazer uma compra nessa loja e levei quarenta minutos para liberarem. Isso porque eu era cadastrado!

Conselho escolar proíbe Harry Potter e Clifford - O Gigante Cão Vermelho

Por Ederli Fortunato24/2/2006

O conselho escolar do distrito de Wilsona, nos Estados Unidos, baniu vinte e três livros da biblioteca da Vista San Gabriel Elementary School. Os títulos proibidos foram escolhidos a partir de uma lista de recomendações feita por um comitê de professores e pais que continha sessenta e oito livros.
Entre os livros proibidos está, é claro, o sexto volume da série Harry Potter, O Enigma do Príncipe. A série tem sido um alvo fácil dos cristãos radicais estadunidenses, que ameaçam com a fogueira qualquer história que, na opinião deles, promova o paganismo e a bruxaria. Segundo Marlene Olivarez, uma professora aposentada que faz parte do comitê, o último Harry Potter foi excluído da biblioteca por ser uma fantasia.
O comitê, ela explicou, quer que os livros sejam coisas que as crianças possam relacionar à vida real. Isto, aparentemente, exclui a perda dos pais, violência por parte de garotos maiores, preconceito racial e de classes, amizade e relacionamentos, temas amplamente explorados na série de Rowling. Esta senhora também não deve ter ouvido falar que os engenheiros que colocaram os Estados Unidos na liderança da corrida espacial eram grandes leitores de uma grande fantasia chamada Flash Gordon.
Outro freqüentador das listas de livros banidos, Artemis Fowl, também foi excluído da biblioteca de Vista San Gabriel por ter um gênio do crime como herói. Apesar de elogiado pelo membro do comitê encarregado da leitura, outro livro, The Eye of the Warlock, foi proibido simplesmente por ter um bruxo como personagem principal.
Além destes, o comitê avançou no surrealismo banindo Welcome to the USA Califórnia, um dos livros da série Clifford - O Gigante Cão Vermelho, e os livros das princesas da Disney. Segundo outro membro do comitê, Patrícia Greene, Clifford foi proibido porque ela não tinha certeza se o conteúdo apoiava os livros de história. Quanto às princesas, Greene disse que não estava familiarizada com o conteúdo e não tinha certeza se as histórias apoiavam o bom caráter. A Disney certamente ficará chocada ao saber que a Bela não demonstrou força de caráter ao se apaixonar pela Fera apesar de sua aparência. Mais chocante ainda é saber que uma pessoa que não está familiarizada com as séries mais populares foi encarregada de analisar livros para uma biblioteca escolar.
Vários pais disseram ser contra as proibições, principalmente por não verem nenhum problema nas histórias. A exclusão de Clifford e das inócuas princesas, que têm sido atualizadas para perderem a imagem de passivas, inadequada para as meninas de hoje, foi o mais surpreendente. O comitê escolar, no entanto, declarou ter o direito de excluir livros da biblioteca e que os pais têm toda liberdade de comprá-los para seus filhos. Fonte: Omelete

Comentário: Depois ainda dizem que os fanáticos religiosos são os mulçumanos...

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Anos incríveis

Para sentirem o gostinho, coloco aqui o texto final do primeiro capítulo da série Anos Incríveis:

"...Dentro de cada uma daquelas casas idênticas com seus Dodges estacionados na frente, seu pão de forma sobre a mesa e o azul brilhante do aparelho de tv no cair da noite, vivem pessoas com suas historias, famílias unidas na dor e na luta do amor. Existiam momento que nos faziam chorar de tanto rir e outros como aquele, de perplexidade e tristeza..."

Finalmente recebi os DVDs com a série Anos Incríveis. Além de ser bem dirigido, além de acompanhar um personagem desde o início de sua vida no ginásio (aos 12 anos) até a sua entrada na faculdade, há mais um motivo para gostar dessa série. O incrível texto em off. Sou um fã do texto em off, um recurso muito pouco usado na televisão, mas que pode ser um diferencial se bem usado.
Falando na força do texto, há uma propaganda da Esso de 1974 que mostra bem isso, a incrível capacidade de emocionar e convencer usando o texto. Na época estava-se vivendo a crise do petróleo e a Esso precisava fazer uma propaganda convencendo os consumidores a economizarem gasolina. Então a propaganda mostrava um homem parando o carro num campo. Ele sai do carro e começa a andar com seu filho, um garoto de uns 17 anos, de cabelos compridos, um adolescente típico da época. O texto diz algo como: “Com o tempo você foi esquecendo algumas coisas. Foi se esquecendo de ouvir, de sentir. Há quanto tempo você não fala com seu filho? Semanas? Meses? Agora que você vai precisar economizar gasolina, comece a dar os primeiros passos.” E o comercial termina com o letreiro: Economizar gasolina pode trazer de volta velhos valores. Genial.
Dia desses eu estava vendo uma matéria sobre a questão do aumento do álcool e uma consumidora, que tinha comprado carro bi-combustível dizia que se sentia enganada. É como eu confesso que me sinto. Comprei um carro flex motivado não só por questão de economia, mas por razões ecológicas, já que o álcool polui bem menos que a gasolina. Mas agora, quando a gente acha álcool em algum posto de gasolina, ele está caríssimo. E carro bi-combustível não é econômico só com gasolina. É um carro feito para rodar com a mistura de álcool e gasolina. Os produtores de álcool correm o sério risco de perderem de vez o grande mercado dos combustíveis.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Da frigideira: V de Vingança


Por Érico Borgo

Confesso que entrei na seção de V de Vingança apreensivo. Afinal, o filme adapta para o cinema uma das minhas histórias em quadrinhos preferidas, o manifesto pela liberdade escrito por Alan Moore que ajudou a marcar o início dos anos 1990 como o grande salto da indústria de quadrinhos. Na época, a arte ganhou maturidade e relevância através de obras que ainda hoje se mantêm como algumas das maiores HQs de todos os tempos. V de Vingança é uma delas... e território sagrado! Leia mais

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Querem censurar o Rambo turco

''Rambo'' anti-EUA gera polêmica e arrasa na Alemanha

da Efe, em Berlim

O longa-metragem ''Kurtlar Vadisi'', baseado em uma série de televisão exibida na Turquia, sobre a vingança de um ''Rambo'' justiceiro contra os Estados Unidos no Iraque, gera protestos entre a classe política na Alemanha, mas faz sucesso entre os jovens germano-turcos.O filme, exibido na Alemanha com o título ''Tal der Woelfe'' (''Vale dos lobos''), obteve recorde de bilheteria no fim de semana, informaram hoje fontes do setor. Desde a estréia no país, em 9 de fevereiro, o longa já foi assistido por 266.600 espectadores.O público do filme, falado em turco e legendado em alemão, é formado principalmente por jovens de ascendência turca, ansiosos para ver na tela o agente Polat Alemdar, herói da série de TV dirigida por Serdar Akar.Com cenas de extrema violência, a história começa com uma operação de soldados dos EUA que invadem um casamento no qual turcos, curdos e árabes comemoram pacificamente a união. Leia mais

Comentário: Alguns políticos alemães estão querendo censurar o filme por considerá-lo ofensivo aos EUA. Bem, se o Ocidente prega a liberdade de expressão (vide o episódio das caricaturas), então isso deve valer para tudo, inclusive para rambos islâmicos...

O que a Índia fez que o Brasil não fez?

Dois anos atrás, os economistas do banco de investimentos Goldman Sachs criaram um nome para descrever as economias emergentes mais promissoras do mundo - Bric. A sigla reunia numa só palavra a diversidade de quatro nações: Brasil, Rússia, Índia e China. 'Se tudo correr bem, a China poderá se tornar a maior economia do mundo em 2041; a Índia, a terceira em 2035; e o PIB combinado dos Brics poderá exceder o dos países mais ricos em 2041', dizia um relatório do banco, de 2003. Das quatro economias, duas têm chamado mais a atenção de investidores e analistas. Uma, como todos devem imaginar, é a China. A outra, porém, representa uma novidade nas discussões sobre globalização. Trata-se da Índia. Leia mais

Blogs

Júlio Daio Borges, editor do Digestivo Cultural, concedeu uma entrevista à revista Cultura e Mercado. Vejam o que ele falou sobre os blogs:

Acho que os blogs vieram pra ficar. Aqui no Brasil, os blogs não foram adotados amplamente e, fora raríssimas exceções, estão ainda presos a uma certa adolescência... Mas nos Estados Unidos, qualquer especialista parece ter seu blog. Lá é uma ferramenta indispensável; é quase como ter um site... É cedo ainda para pensar nas “lições que os blogs vão deixar”, porque é um fenômeno relativamente recente que teve apenas uma primeira explosão e que, por isso mesmo, ainda está se consolidando. Em termos de imprensa, eu acho que a mídia constituída (jornais, revistas, rádios e televisões) perde um pouco esse papel de “fiscalizadora” da sociedade e, no longo prazo, acaba dividindo um pouco com os blogs. Nos EUA, já acontece. Num passado bem recente, os bloggers, por exemplo, derrubaram o âncora do jornalismo da rede CBS; os blogs ajudaram a financiar campanhas eleitorais; e todas as grandes empresas estão sendo pressionadas no sentido de criar seus próprios blogs (mostrando a sua cara, nem que seja através de um “blogueiro honorário”). Como eu falei, a comunicação, de maneira geral, vai ficando menos impessoal e mais humana.

domingo, fevereiro 19, 2006

Cantiga de amigo


As cantigas de amigo foram as primeiras manifestações literárias (conhecidas) em língua portuguesa. São gostosas de ler por causa do ritmo, o que revela que provavelmente eram feitas para serem cantadas ou declamadas com música. Reproduzo abaixo um desses poemas, retirado do Cancioneiro de D. Diniz (com pequenas modificações para tornar mais fácil a compreensão):

Ai, flores de verde pino,
Se saberes nova de meu amigo?
Ai, Deus, e u é?

Ai flores, ai flores de verde ramo,
Se saberes novas de meu amado?
Ai, Deus, e u é?


Se saberes novas de meu amigo,
Aquele que mentiu do que combinou comigo?
Ai, Deus, e u é?


Se saberes novas de meu amado,
Aquele que mentiu do que me há jurado?
Ai, Deus, e u é?

Vós perguntastes pelo vosso amigo?
Eu bem vos digo que é são e vivo
Ai, Deus, e u é?

Vós perguntastes pelo vosso amado?
Eu bem vos digo e que vivo e são
Ai, Deus, e u é?

Eu bem vos digo que é são e vivo
E será vosso até o prazo expirado
Ai, Deus, e u é?

E eu bem vos digo que é vivo e são
E estará convosco até o prazo passado.
Ai, Deus, e u é?

sábado, fevereiro 18, 2006

Site sobre Marcos Rey

Já afirmei aqui e reafirmo que Marcos Rey é um dos meus escritores prediletos. E agora ele tem um site só para ele.

O corvo, por Machado de Assis


Para mim, a melhor tradição de O corvo é, sem dúvida, a de Machado de Assis. Sinto arrepios na pele ao ler:

O CORVO
Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará jamais. Leia mais

O corvo

Site sobre o poema O corvo, de Edgar Alan Poe, com as diversas traduções da mesma para o português.

Velharias da TV


Se você gosta daquele seriado antigo, daque programa de TV de quando éramos crianças ou até mesmo as propagandas inesquecíveis, o site do Gobbo é uma mão na roda. Ele gravava todo esse material diretamente da TV e agora digitalizou e vende em CD. Comprei cinco DVDs de propagandas e já estou negociando para comprar os DVDs da série Anos incríveis, que nunca foi lançada no Brasil em DVD, então a única forma de conseguir é encontrando alguém como o Gobbo... Saiba mais sobre a série Anos Incríveis.

O HERDEIRO DA CAVEIRA


Gian Danton

Eu me lembro perfeitamente da primeira vez que vi um fã do Fantasma. Claro, eu já conhecia o personagem, e já tinha lido alguma coisa por alto, mas não imaginava toda a mitologia que havia por trás do personagem. E nem de longe podia imaginar a razão de tanto sucesso. Foi naquele dia que, pela primeira vez prestei atenção ao espírito-que-anda e foi naquele dia que tive o insight sobre a razão de seu sucesso.
O dito colecionador era um jovem senhor, na casa dos vinte e poucos anos, já graduado e na época cursando mestrado. Mas naquele dia, limpando e organizando suas revistas, ele parecia uma criança inebriada com um brinquedo novo. Ele sabia de cor tudo sobre o personagem, seus artistas e histórias e inebriava-se contando como o Fantasma havia derrotado os terríveis japoneses em plena II Grande Guerra.
Mais tarde, quando o pai dele chegou, os dois ingressaram juntos na fantasia que incluía Capeto, a caverna da caveira, os pigmeus e tudo o mais. Olhando dois eu percebi o que havia de tão interessante naquela história em quadrinhos: O Fantasma é uma história sobre herança. Sobre pais e filhos, sábios e discípulos. Não é por acaso que tantos pais legam a leitura desses gibis aos seus filhos. Temas como esse sempre calam fundo por falarem dos mitos mais ancestrais.
Não é de estranhar que esse seja o tema da tira. O criador do personagem, o escritor norte-americano Lee Falk, sempre teve um olhar paternal para com suas criações. Tanto que uma única vez o Fantasma fugiu de seu controle: quando foi publicado no Brasil e os editores, sem referencial de cores, trocaram o roxo original pelo vermelho, mais fácil de imprimir.
Lee Falk nasceu em 12 de abril de 1991, na cidade de St. Louis, Missouri. O primeiro personagem imaginado por ele foi o mágico Mandrake, criado aos 19 anos e fruto do fascínio do escritor pelos mágicos e ilusionistas.
Algum tempo depois, ele desenhou algumas tiras do personagem e aproveitou uma viagem que fez com seu pai para Nova York e passou nos escritórios da King Features Sindicate. Passou o dia mofando na ante-sala do chefão da KFS, Joe Conolly, mas quando este viu o material, decidiu-se imediatamente pela história. Era uma época de mudança, em que as antigas tiras cômicas estavam sendo abandonadas pelo público em favor de histórias de aventuras, que os levassem a viajar por mundos imaginários e esquecer as agruras da depressão norte-americana e as histórias do mágico se encaixavam nesse perfil.
Pouco seguro de seus dotes artísticos, Falk encarregou um colega, o desenhista publicitário, Phil Davis, de ilustrar o personagem. Mandrake estreou em 11 de junho de 1934, quando o escritor tinha apenas 23 anos. E foi um sucesso.
Lee Falk tornava-se não só um autor de sucesso, como também o primeiro roteirista de quadrinhos. Antes dele havia outras pessoas que se encarregavam da parte textual, como o criador do romance policial Dashiell Hammett, que assinava o Agente Secreto X9, mas faziam isso como se estivessem envergonhados de se envolverem com algo tão trivial. Falk, ao contrário, assumia seu amor pelo que fazia, o que provavelmente é uma das razões da verdadeira idolatria dos fãs por ele.
O nome do mágico era inspirado na planta mandrágora, usada como medicamento há séculos. Junto com ele, surgia seu fiel escudeiro, Lothar, um negro vestido de maneira exótica. Pouco tempo depois surgiu Narda, uma princesa do reino de Cockaigne que tinha uma curiosa característica: a ausência de umbigo. Inicialmente pensou-se que fosse falha de Phil Davis, mas a conforme a história avançava e o umbigo não aparecia, muitos estudiosos começaram a cogitar que Narda seria apenas mais uma ilusão do mestre das artes mágicas... uma antecipação talvez de temas como os que foram explorados em Matrix.
A história do umbigo demonstra a mitologia que se formou não só em torno da obra, mas também da vida do criador Lee Falk. Na época em que criou seu primeiro personagem, os relações públicas da KFS pediram dele uma biografia para ser apresentada aos jornais. Falk escreveu que era um aventureiro que, em suas viagens pelo mundo, encontrara diversos magos e se inspirara neles para criar Mandrake. Tudo balela, claro, mas convenceu.
Dois anos depois, Falk teve uma idéia para seu segundo personagem e a apresentou à KFS, que comprou de imediato o projeto. Para desenhar, foi chamado o assistente de Davis, Ray Moore, que deu ao personagem um traço elegante e misterioso.
A primeira história mostrava a saga de um lorde inglês, Kit Walker, único sobrevivente de um ataque pirata que jura devotar sua vida à destruição da pirataria, ganância, crueldade e injustiça. E não só isso: também seus filhos e os filhos de seus filhos seguiriam seu caminho. Assim que morria um fantasma, seu filho assumia seu lugar no combate ao mal. Para evitar que os malfeitores percebessem a troca, o herói usava uma máscara, dando a entender que o personagem era imortal.
A idéia inicial era mostrar o personagem como uma espécie de playboy que combatia o crime à noite, assustando malfeitores, um conceito muito próximo de personagens clássicos da literatura, como Zorro ou o Pimpinela Escarlate e certamente uma antecipação de Batman. Mas com o tempo, Falk foi se distanciando dessa idéia e, ao deslocar a ação para o mítico país de Bangala construiu toda a mitologia do personagem.
Falk, fã de Rudyard Kipling, cria a tribo de pigmeus bandar, inspirados na tribo de macacos homônimos de O Livro da Selva. Surgem as crônicas do Fantasma, os anéis, um para amigos, outro para inimigos, a Ilha do Éden, onde leões e tigres convivem harmonicamente com zebras e girafas. Surgem a cabana de Jade, onde os Fantasmas passam sua lua-de-mel, as Montanhas Misteriosas, a plataforma Walker, base de operações do Fantasma na América... a cada nova aventura um novo detalhe é acrescentado.
É essa mitologia que vai fazer com que o Fantasma torne-se eterno e angarie mais fãs que seu irmão mais velho, o Mandrake. A herança passada de pai para filho inclui os diversos itens que foram se acumulando ao longo do tempo e qual era a criança que não sonharia ganhar tudo isso de seu pai? De certa forma, é como se o leitor fosse o XXII Fantasma, lendo as crônicas de seu antecessor e preparando-se para entrar em ação e enfrentar o mal. E quando um pai lega ao filho a velha coleção de revistas do Fantasma, vai com ela todo o resto da mitologia.
Lee Falk podia não saber, mas estava construindo uma das grandes mitologias do século XX, um personagem que, mesmo diante de concorrentes mais modernos, terá seu lugar.
Nos anos 70 o Fantasma migrou para a literatura, numa série de livros publicados pela Avon Books e escritos pelo próprio Lee Falk. Também foi na década de 70 que o escritor ganhou o reconhecimento internacional com o prêmio Yellow Kid recebido em Luca, em 1971.
Aliás, Falk, embora fizesse questão de ser conhecido como escritor de quadrinhos, era também um teatrólogo de sucesso, tendo trabalhado com artistas como Marlon Brando e Charlton Heston.
Falk morreu em 13 de março de 1999. Até os últimos dias ele escreveu as tiras de Mandrake e Fantasma. Um pai preocupado até o último momento com seus dois filhos diletos e com seus milhões de filhos adotivos, leitores ávidos por mais e mais aventuras de seus heróis favoritos.

Ps: este texto será publicado na edição especial sobre o Fantasma que está sendo preparado pela editora Opera Graphica em homenagem aos seus 60 anos.

10 mortos em ataque a consulado italiano na Líbia

Trípoli - Uma multidão de irados muçulmanos incendiou nesta sexta parte do edifício do consulado italiano em Bengasi, na Líbia, num incidente que provocou a morte de 10 pessoas e ferimentos em 55, informou um funcionário da representação. Forças de segurança entraram em choque com os manifestantes, tentando contê-los. Eles protestavam contra ataques desfechados contra o Islã nos últimos dias pelo ministro das Reformas Institucionais da Itália, Roberto Calderoli. Leia mais

Comentário: não se trata mais de uma questão religiosa ou cultural. Trata-se de um caso de polícia. Recentemente um líder religioso do islã ofereceu uma recompensa para quem matar o cartunista responsável pela caricatura (eles são tão desinformados que não sabem que foram vários desenhistas...). Tais pessoas são bandidos, do mesmo tipo dos que praticam estupro coletivo de mulheres usando a religião mulçumana como desculpa.

Blog de poesias

Conheça o Fragmentos de sonhador, blog de poesias do quadrinista paraense Alan Yango.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Spam

Tenho recebido diariamente spans de uma tal de Academia Wall Street Fitness que não sei onde fica (mas deduzo ser de Belo Horizonte). Só há uma maneira de acabar com o spam: boicotar as empresas que o praticam. Assim, se você mora em Belo Horizonte, não seja cliente dessa academia e se conhece alguém que é cliente, convença-o a procurar outra. A internet agradece.

V de vingança



Veja no Omelete as novas fotos de V de Vingança, filme baseado em uma das melhores histórias em quadrinhos já escritas, de autoria do inglês Alan Moore. V é um herói anarquista em um mundo dominado pelo totalitarismo. Alguns desconfiam da adaptação, mas o material visto até agora é bom. Além disso, a frase do cartaz, que já se encontra no cine Macapá, é ótima: "Nenhum povo deveria temer seu governo. O governo é que deveria temer seu povo". Em um ano de eleição, V de Vingança é um ótimo recado...

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Hepatite


A charge acima foi publicada no blog do Walter Jr. Publiquei aqui porque revela a preocupação com uma doença que está fazendo cada vez mais vítimas no Amapá: a hepatite. Uma curiosidade: amigos meus que moram na região sul do país me dizem que é possível encontrar nos postos de saúde de lá a vacina para a hepatite A. Aqui em macapá, embora a doença esteja se tornando uma verdadeira epidemia, essa vacina não está disponível nos postos...

Modelos de beleza


O mesmo Nemo Nox escreveu no Digestivo outro artigo interessante, agora sobre modelos de beleza, mostrando que nem sempre prevaleceu a moda atual de achar bonitas mulheres raquíticas.

Google na China

Nemo Nox escreveu no Digestivo Cultural um interessante artigo sobre a decisão do Google de entrar na China, aceitando as imposições do governo ditatorial chinês e jogando no lixo toda a filosofia da empresa.

Distúrbio de déficit de atenção

Estou lendo o livro Mentes Inquietas, de Ana Beatriz Silva (editora Gente), uma indicação da Ângela da livraria Transa Amazônica. O livro é sobre uma doença chamada Distúrbio de Déficit de Atenção – DDA.
A própria autora admite que o termo não é adequado, já que dá a entender que a pessoa jamais consegue se concentrar em algo. Na verdade, um DDA consegue, às vezes, concentrar-se em algo de tal forma que a casa pode cair que ele nem mesmo irá perceber. Na verdade, não seria uma falta de atenção, mas uma atenção instável: muita concentração em alguns momentos e nenhuma concentração em outros.
Para um DDA é um suplício concentrar-se em uma atividade obrigatória. A autora compara a situação a um carro desregulado, que gasta mais combustível e submete suas peças a um maior desgaste. Muitos DDAs descrevem, que, após atividades obrigatórias, sofrem um profundo cansaço mental e às vezes físico.
Um DDA em uma palestra cujo tema não lhe é necessariamente interessante irá “viajar” em pensamentos próprios, desligando do tema da palestra. Ou então ficará se mexendo na cadeira ou mexendo em objetos, seu corpo refletindo sua vontade de sair dali correndo. E aí eu lembro de minha de minha mãe perguntando para minha professora de quarta série como eu era em sala de aula. Ela respondeu que eu não dava trabalho, não era bagunceiro, mas era desligado. Muitas vezes eu não sabia nem mesmo o assunto que estava sendo tratado. Minha mente estava viajando no assunto de outra disciplina, ou imaginando alguma coisa. Aliás, já perdi a conta de quantas boas histórias eu já bolei durante palestras entediantes...
Os DDAs costumam ser impulsivos e atirar primeiro e pensar depois. A impulsividade, o fazer sem pensar, é uma das principais características desse distúrbio.
Um DDA está fazendo algo aqui e pensando em algo que deveria estar fazendo ali na frente. Isso às vezes até na leitura. Estou lendo aqui um livro de metodologia e estou pensando em um livro de Relações Públicas que preciso ler ou em um texto que preciso escrever, ou em um roteiro que me foi encomendado, ou em uma transparência que preciso preparar. Meu método de trabalho é o mais desorganizado possível. Estou lendo um livro, no meio dele encontro uma frase que me remete a algo que li em outro livro. Largo aquele primeiro livro de lado e pego o outro. No outro encontro outra frase que me remete a outra obra. Quando vejo, estou com cinco ou seis livros abertos na minha frente.
Um DDA está sempre se envolvendo em muitos projetos e nem sempre consegue terminá-los todos. Até porque, quando as coisas começam a dar errado, ele entra em desespero. Isso ocorre porque o cérebro tem dificuldade para acionar uma parte da memória chamada de funcional, cuja função é encontrar na mente situações semelhantes vividas no passado que possam ajudar no problema presente. Confesso que descobri uma maneira de lidar com isso. Quando não consigo resolver um problema a ponto de entrar em desespero, deixo de lado a situação e vou fazer outra coisa. Aprendi isso com o monge Guilherme, do livro O Nome da Rosa. Quando a situação se tornava insolúvel, ele ia tirar uma soneca. Sherlock Holmes tocava violino. Após algum tempo a solução surge espontaneamente.
Uma vez uma ex-aluna de teorias da comunicação se espantou quando eu disse que estava lecionando metodologia científica: “Você não parece um professor de metodologia científica”. Mas é justamente isso: você procura conhecimentos que te ajudem a lidar com suas dificuldades. Trabalhar com metodologia é uma forma de me organizar melhor, de colocar em ordens os projetos... foi por essa mesma razão que comecei a me interessar pela teoria do caos...
Ainda assim não é fácil. Ao lado do meu computador, tenho um quadro de avisos. De um lado há o FAZER URGENTE, onde coloco as tarefas urgentes. Do outro o FAZER onde coloco as tarefas que necessitam ser feitas, mas não com urgência. Não fosse esse quadro, eu me perderia no meio de tantos projetos e tantas necessidades. Isso funciona para mim, pois, apesar da instabilidade de atenção, nunca perdi um prazo.
Um DDA típico era o meu amigo Alan Noronha. Grande escritor, ele nunca conseguia terminar os trabalhos e cumprir os prazos. Há algum tempo recebi um e-mail dele dizendo que ele admira meu pragmatismo. Mal sabe ele que esse pragmatismo é conseguido às duras penas e graças a uma luta diária contra a instabilidade de atenção....
Para a autora, alguém um DDA leve não precisa necessariamente procurar tratamento médico, desde que isso não atrapalhe suas atividades: “O adulto ‘levemente’ DDA por certo não deve ter muitas reclamações a fazer. Ele é dotado de um alto nível de energia e entusiasmo. Sua ligeira desorganização não é suficiente para atrapalhar o andamento de seus projetos. No trabalho, pode-se dizer que, quando sob pressão e desafio, esta pessoa consegue sair-se melhor ainda”.

Os 5 mandamentos

O site Melhores do Mundo publicou os 5 mandamentos para quem quer ser roteirista de quadrinhos. Vale a pena dar uma olhada.

Watchmen e a teoria do caos


O site Bigorna publicou uma resenha de meu livro Watchmen e a teoria do caos. Confira. Em Macapá o livro pode ser encontrado na livraria Transa Amazônica

Fuga do século XXIII


Fuga do século XXIII, seriado baseado num filme de ficção científica, era o meu programa predileto de TV quando eu era criança. Agora descubro que o filme terá um remake pelas mãos de Brian Singer (X-men). Leia a notícia no Omelete.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Super-Heróis e a filosofia – Verdade, justiça e o caminho socrático


Por Alexandre Nagado e José Aguiar

Super-heróis e a filosofiaWilliam Irwin (Madras editora)

O que o mundo colorido dos super-heróis tem em comum com o universo sisudo e complexo da filosofia? Para o pesquisador William Irwin e seus colaboradores, muita coisa. Partindo de histórias conhecidas, como as do Homem-Aranha, Superman e Quarteto Fantástico, um grupo seleto de autores debate as questões filosóficas e de sabedoria que residem ocultas em muitas vezes ingênuas histórias em quadrinhos de heróis fantasiados. Coisas que nós leitores não prestamos a devida atenção em meio aos lugares-comuns desse gênero que já faz parte do imaginário coletivo. Leia mais

domingo, fevereiro 12, 2006

Matrix e Dark city

Veja comparação, quadro a quadro, entre Matrix e Dark City. A semelhança é impressionante, mas não significa que se trata de um plágio. A maior parte das coincidências, como as roupas dos policiais, só mostra que os dois filmes tiveram as mesmas referências...

sábado, fevereiro 11, 2006

Dois novos lançamentos sobre o Fantasma


70 ANOS DE O FANTASMA
O PRIMEIRO SUPER-HERÓI DO MUNDO


17 DE FEVEREIRO DE 1936 — ESTRÉIA NOS EUA

O Fantasma estreou nos EUA, em 17 de fevereiro de 1936, com The Singh
Brotherhood (“Os Piratas Singh”, no Brasil), história em tiras diárias,
concluída em 7 de novembro de 1936. Por sua vez, as páginas dominicais coloridas estrearam nos EUA em 28 de maio de 1939.

2 DE DEZEMBRO DE 1936 — ESTRÉIA NO BRASIL

No Brasil, O Fantasma estreou em A Gazeta – Edição Infantil, nº 169, em 2 de dezembro de 1936, no formato 28 x 38 cm (tablóide), reunindo três tiras, com o pitoresco título “Uma Alma do Outro Mundo”, que seria publicada em 73 capítulos, impressos em duas cores: preto e vermelho. É por esse motivo que O Fantasma no nosso país sempre teve a roupa vermelha, assim como em muitos outros países que publicavam nessa mesma forma de impressão bicolor.
O Fantasma só viria receber oficialmente a cor roxa em seu uniforme quando foi lançada sua primeira página colorida dominical, nos EUA, em 1939.
O autor do personagem, Lee Falk, quando esteve no Brasil no Congresso Internacional de Histórias em Quadrinhos no Masp, em São Paulo, declarou “estranhar” a cor vermelha do uniforme de O Fantasma publicada fora dos Estados Unidos.
Ainda no Brasil, O Fantasma seria editado a partir de dezembro de 1936 também como tira diária do jornal O Correio Universal, que depois, em 1937, lançaria dois álbuns no formato horizontal, reunindo as duas primeiras aventuras em tiras do herói. Hoje, esses álbuns são verdadeiros tesouros de colecionadores — na capa, O Fantasma aparece trajando calção rubro, luvas e capuz vermelho, sem o seu tradicional uniforme colante. Essa mesma imagem acabou publicada na capa de um álbum italiano do mesmo período, o que provocou muita confusão quanto ao uniforme autêntico do herói. E foi devido a essa cena impressa na capa, retirada de um quadrinho em que, dentro de um navio, o herói desliza sobre uma corda, parecendo voar, que O Fantasma recebeu, erroneamente, o título de O Fantasma Voador, que perdurou por décadas.


2006 – O ANO DE O FANTASMA

Para este ano em que se comemora 70 anos de sua publicação, a Opera Graphica Editora, editora oficial do personagem no Brasil, está preparando duas novas obras de luxo abordando O Fantasma. Uma delas será de quadrinhos, O Fantasma – Sempre aos Domingos, e outra, teórica, O Fantasma — Biografia Oficial.
O Fantasma – Sempre aos Domingos terá o formato consagrado de O Príncipe Valente (26 x 35,5 cm) e publicará as primeiras páginas dominicais de O Fantasma, nunca antes reunidas em um único volume, com exceção de algumas delas, publicadas apenas uma vez no Brasil, em capítulos, nas décadas de 1930 e 1940.
Já O Fantasma – Biografia Oficial será uma edição volumosa, coordenada por Franco de Rosa e com edição de Roberto Guedes, a partir de pesquisa de Marco Aurélio Lucchetti, também seu principal redator. A edição desse livro contará com a colaboração de articulistas convidados, como Gonçalo Junior, Nobu Chinem, Luiz Sampaio, Iramir Ribeiro e Marcelo Naranjo, entre outros. E, ainda publicará depoimentos de Julio Shimamoto, Airon, Oscar Kern, Verde, Primaggio Mantovi, Rodolfo Zalla, Gian Danton, entre muitos outros. Como brinde aos fãs, o livro será enriquecido por ilustrações exclusivas, especialmente feitas para este lançamento.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Casa grande & senzala em quadrinhos


A editora Global está relançando a versão em quadrinhos do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freire. A adaptação é de Estevão Pinto e as ilustrações do ótimo Ivan Wash Rodrigues. Essa obra foi publicada originalmente pela Editora Brasil América, a famosa Ebal, e era um sonho de seu dono Adolfo Aizen. Vale lembrar que Gilberto Freire era fã de quadrinhos e sempre os defendeu contra seus detratores. É uma obra obrigatória em qualquer biblioteca, seja pela importância da obra de Freire, seja pela ótima adaptação de Estevão Pinto, seja pelos belos desenhos de Ivan Rodrigues, seja pelo ótimo trabalho gráfico da editora, que publicou com formato e qualidade de álbum europeu. Eu comprei o meu exemplar na livraria Amapaense.

Hepatite

Está tendo um surto de hepatite A no Amapá. Matéria divulgada no jornal da TV Gazeta ontem (diga-se de passagem, um jornal que está cada vez melhor) informou que foram mais de mil casos, só dos que passaram pelo laboratório geral. Como muita gente tem planos de saúde ou prefere fazer o exame em laboratório particular, e como muita gente nem procura médicos ou faz exame,multiplique esse número por três e terá uma idéia de como anda a situação da doença em nosso estado. Atenção: hepatite A se pega com água e comida contaminada. Uma amiga pegou bebendo aqueles sucos de guarana feito na hora que vendem na rua. Não coma saladas, saladas de frutas, nada cru, pois isso aumenta a chance de pegar hepatite...

PROGRAMACAO DOS CINEMAS

CINE IMPERATOR APRESENTA:
AS LOUCURAS DE DICK E JANE - SESSOES 17:00,19:00 E 21:00 HS.
DIDI O CAÇADOR DE TESOUROS - SESSOES 17:00 E 19:00 HS.
O EXORCISMO DE EMILY ROSE - 21 :00 HS
O CINE TEATRO APRESENTA:
ZATHURA UMA AVENTURA ESPACIAL - SESSOES 17:00 E 19:00 HS.
NO MÊS DE CARNAVAL O INGRESSO CUSTA APENAS 4 REAIS DE SEGUNDA A QUINTA FEIRA.

INFORMACOES 32231969

Encantarias - bom quadrinho de um amapaense


Otoniel Oliveira é um ótimo desenhista de quadrinhos - e é amapaense. Ele participou de dois projetos que têm tudo para entrar na história do quadrinho nacional: Belém imaginária e Encantarias. Este último é, pode-se dizer, um trabalho mais autoral dele. Apesar da qualidade, Encantaria tinha tido pouca repercussão nacional, mas isso foi corrigido. O site Universo HQ publicou uma extensa matéria sobre a HQ, ilustrada por várias páginas. Para ler, clique aqui.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Meninos, eu vi!

Eu finalmente vi as caricaturas e charges que estão provocando tanta celeuma no mundo árabe. Foram publicadas na Veja. A primeira delas mostra Maomé com um turbante no formato de bomba. A outra mostra os terroristas suicidas chegando ao céu e sendo recebidos por Maomé, que diz: "Parem, estamos com falta de virgens!". A caricatura publicada no jornal francês mostra Maomé olhando um papel. Alguns guardas aproximam-se com sua cimitarras, prontos para a guerra, mas Maomé faz um gesto para que parem e diz: "É só um desenho de um dinamarquês...". Não me parece ofensivo, mas, vá lá, vamos considerar as diferenças de culturas. Ainda assim, ameaçar de morte o desenhista e atacar embaixadas só dá mais razão a George Bush em sua cruzada...

Asfalto

Eu não entendo muito dessas coisas, mas tenho a impressão de que há algo errado no asfaltamento do bairro do Congós. Eles estão simplesmente jogando o asfalto sobre o chão e espalhando com pás... e mais nada. Não para passar uma máquina por cima para aplainar ou algo assim? O resultado é que o asfalto está ficando todo irregular. Nos locais, por exemplo, em que passou um caminhão, ficam aquelas marcas enormes de pneus. Hoje dei uma volta pelo bairro e comparei com o asfalto do lado direito. A diferença de qualidade é visível. Além de irregular, o asfalto do lado esquerdo parece ter sido feito com uma camada mais fina...

Orkut

A Tinale manda perguntar como me achar no orkut. Simples. Lá eu estou como Gian Danton...

A crise das caricaturas

O roteirista Jefferson manda perguntar se eu já li as caricaturas que estão provocando a fúria dos mulçumanos. Vi nada. Pensei até que fosse impossível achar isso na rede. Vale lembrar que os outros países que estão tendo suas embaixadas destruídas, como a Noruega, não fizeram novas caricaturas. Eles simplesmente publicaram a matéria sobre os distúrbios e colocaram as caricaturas para ilustrarem a matéria e mostrar aos leitores o que tinha originado a crise. Não vi a caricatura, mas soube que a revolta é porque os mulçumanos são mostrados como terroristas violentos. E, para mostrar que não são terroristas violentos, os mulçumanos estão atacando cidadãos inocentes e destruindo embaixadas. É impressão minha, ou isso parece meio paradoxal?

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

História em quadrinho sobre hanseníase é tema de dissertação de mestrado

Pablo Ferreira
Histórias em quadrinhos (HQs) fazem e fizeram parte do cotidiano e da infância de muita gente. Difícil encontrar alguém que já não tenha lido, ou pelo menos dado uma folheada, em gibis como os famosos Pato Donald, X-Men, Batman, Asterix ou Turma da Mônica. O que pouca gente sabe é que as HQs não servem somente para entreter, mas também para educar. É o que demonstram os primeiros resultados da dissertação de mestrado da bióloga Karina Saavedra Acero Cabello, intitulada Educação e divulgação científica de hanseníase: histórias em quadrinhos (HQs) para o ensino da doença, do Programa de Pós Graduação Ensino em Biociências e Saúde da Fiocruz. Leia mais

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Novos distúrbios deixam quatro mortos no Afeganistão

Da France Presse
Hasan Sarbakhshian/AP
Manifestantes entraram de novo na embaixada da Dinamarca com coquetéis molotov
07/02/200611h05-Quatro pessoas morreram nesta terça-feira na cidade de Maimana (norte) durante novos distúrbios em manifestações contra as caricaturas do profeta Maomé publicadas na Europa. A informação foi dada por um médico local. "O número de corpos que recebemos no hospital é agora quatro e temos quinze feridos", afirmou à AFP um médico do hospital de Maimana. Com isso, chega a 11 o número de pessoas mortas desde o início dos distúrbios no Oriente. Leia mais

Comentário: Sinceramente, na situação atual do Oriente, o jornal dinarmaquês publicar essas caricaturas foi brincar com a morte. De fúria semelhante escapou a revista Aventuras na História (Ed. Abril) que publicou uma matéria sobre Maomé e fez uma capa com um desenho realista do profeta, o que gerou cartas de protesto, mas felizmente não levou ninguém a ter a idéia de atear fogo ao edifício da Abril. Vale lembrar que as embaixadas de outros países que publicaram matérias sobre as caricaturas e as colocaram para ilustrar a matéria, também estão sendo alvo de protestos. O melhor, nesse momento, é evitar mexer em caixa de marimbondos...

Governo Lula

Existem muitas razões para criticar o governo Lula, mas há duas razões fundamentais para aplaudir: 1) o pagamento da dívida com o FMI, que praticamente mandava no país nas últimas décadas; 2) o investimento em bio-diesel, que deverá tornar o Brasil auto-suficiente em termos de combustível (algo muito bom, considerando-se o caos em que o se tornou o Oriente Médio, a maior região de petróleo do planeta).

Orçamento dos EUA aumenta gastos com defesa e reduz os de saúde

Da France Presse
05/02/200614h29- WASHINGTON – O projeto de orçamento americano para 2007, que será submetido ao Congresso nesta segunda-feira, pode elevar para um total de 2,7 trilhões de dólares e aumentar em cerca de 5% os fundos para o ministério da Defesa. Ao mesmo tempo, reduz os gastos em saúde, informa neste domingo o jornal The Washington Post. Leia mais

Comentário: É esse é o presidente que os norte-americanos elegeram: um cara que tira dinheiro da educação e da saúde para investir em guerras e aumenta cada vez mais a dívida interna e externa (vale lembrar que Bush já tinha retirado dinheiro destinado às bibliotecas para investir na Guerra do Iraque...). Esse vaqueiro vai levar ao fundo o maior império do mundo... e corremos o risco de ir para o fundo junto com ele...

sábado, fevereiro 04, 2006

Mistura com biodiesel não deve alterar preço do diesel

Brasília - A mistura de biodiesel com o diesel tradicional não deverá afetar, ao menos por enquanto, o preço do diesel comercializado nas bombas dos postos de combustível. A avaliação foi feita hoje pelo diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles. Leia mais

Mais de 900 estão desaparecidos após naufrágio

Sobreviventes foram levados ao porto egípcio de Hurghada
Após mais de um dia de buscas, diminuem as esperanças de encontrar vivas as mais de 900 pessoas ainda desaparecidas após o naufrágio do navio Salam 98 no Mar Vermelho. Leia mais

Programação dos cinemas Imperator


O CINE IMPERATOR APRESENTA:
AS LOUCURAS DE DICK E JANE - SESSOES 17:00,19:00 E 21:00 HS.
DIDI O CAÇADOR DE TESOUROS - SESSOES 17:00 E 19:00 HS. E AS 21 :00 HS
O EXORCISMO DE EMILY ROSE
O CINE TEATRO APRESENTA ZATHURA UMA AVENTURA ESPACIAL DUBLADO PARA CRIANÇADA - SESSOES 17:00 E 19:00 HS.
NO MÊS DE CARNAVAL O INGRESSO CUSTA APENAS 4 REAIS DE SEGUNDA A QUINTA FEIRA.

INFORMACOES 32231969

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Rádio Novo tempo


Meu ex-aluno João Augusto Flexa (pensando bem, não existe ex-aluno, é aluno mesmo, concordam?) me mandou um e-mail informando que a rádio Novo Tempo do bairro Novo Horizonte já está em funcionamento na faixa 105 AM.

João diz que se sente feliz, pois esse foi o tema de seu TCC. Pode ter certeza de que compartilho dessa felicidade...

Outra do blog da Alcilene:

Jornalista com diploma

O sindicato dos Jornalistas participou de reunião ontem na Delegacia Regional do Trabalho, que já informou: A partir de agora não serão expedidos registros de provisionamento para jornalistas, uma vez que, já formaram as primeiras turmas de curso superior de jornalismo no estado. Quem tem o registro definitivo, como o nome diz, fica com ele eternamente. E quem é provisionado, quando terminar a validade, não pode mais renovar. A partir de agora, quem quiser registro vai ter que estudar Jornalismo e tirar seu diploma de nível superior. Participaram da reunião os jornalistas Volney Oliveira, Alcinéa Cavalcante e Hanne Capiberibe.

Comentário: Sabemos que muitos que têm vocação para jornalismo não podem pagar uma faculdade particular. Para esses, só restaria a oportunidade de fazer seu curso na UNIFAP. E eu não vejo razão para a UNIFAP ainda não ter curso de jornalismo. No último concurso para professores que a instituição realizou, havia uma vaga para professor de curso de jornalismo (as disciplinas eram Redação Jornalística para rádio, para jornal impresso e para TV). Fontes internas me revelaram que a idéia é que esse professor montasse o projeto do curso de jornalismo, que deveria começar suas atividades já neste primeiro semestre de 2006. Como a UNIFAP tem autonomia, ela pode criar cursos sem autorização do MEC (depois esses cursos precisam ser reconhecidos), então surge a pergunta: o que aconteceu de errado? Por que o curso não foi criado?

Deu no blog da Alcilene Cavalcante:

Faltando ciclovias

A parceira entre a Prefeitura de Macapá e o Governo do Estado que trabalha no asfaltamento da cidade, poderia estar aproveitando as obras e os recursos e construir de uma vez por todas uma coisa básica numa cidade onde a bicicleta ainda é um dos principais veículos de transporte da população : as ciclovias.

Em Belém, nas ruas que estão sendo mexidas, as ciclovias já entram junto.

Além de promover a diminuição dos acidentes de trânsito e preservar a vida da população, estimula a atividade fisíca e o meio ambiente agradece.

Dá pra pensar um pouquinho maior e melhor ?

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Alguns fatos sobre Chuck Norris

Essa quem me enviou foi o Alex Genaro, do Universo Germinante:

01 - Numa sala de estar comum, existem 1.242 objetos que Chuck Norris pode usar para matar você, incluindo a própria sala.
02 - A maioria das pessoas possui 23 pares de cromossomos. Chuck norris tem 72... e todos venenosos.
03 - Chuck norris consegue ganhar um jogo de "liga-4" em apenas 3 movimentos!
04 - Não existe teoria da evolução, há apenas uma lista de criaturas que Chuck Norris permite que vivam.
05 - A cena inicial do "O Resgate do Soldado Ryan" é vagamente baseada em jogos de queimada que Chuck Norris jogou com 6 anos.
06 - Chuck Norris uma vez derrubou um caça alemão com seu dedo, gritando "bang!"
07 - Chuck Norris é o único ser humano a demonstrar o princípio de incerteza de Heisenberg -- é impossível saber ao mesmo tempo onde e o quão rápido ele vai dar um roundhouse-kick na sua cara.
08 - Quando Chuck Norris vai doar sangue, ele recusa a seringa e pede uma pistola e um balde.
09 - Não existem raças, apenas lugares com pessoas em quem Chuck Norris deixou diferentes tons de hematomas.
10 - Os cientistas estimaram q a energia liberada durante o "Big Bang" equivale a aproximadamente 1CNRhK (Chuck Norris Roundhouse Kick)
11 - Chuck Norris consegue dividir por zero.
12 - Quando Chuck Norris fala, todos ouvem. E morrem.
13 - Em algumas pessoas, o testículo esquerdo é maior que o direito. Em chuck norris, cada testículo é maior do que o outro.
14 - Chuck Norris sempre sabe a localização EXATA de Carmem SanDiego.
15 - Chuck Norris mói os grãos de seu café com os dentes e ferve a água com sua própria raiva.
16 - Chuck Norris leva 20 minutos para assistir ao programa "60 Minutos".
17 - Chuck Norris tem um profundo e solene respeito pela vida humana... a não ser que ela fique em seu caminho.