Mistérios no espaço
Na década de 1950, com a crise nos quadrinhos de super-heróis, as editoras tentaram vários gêneros alternativos. Um dos gêneros de maior sucesso foi a ficção-científica.
Embora a FC existisse nas tirs de jornais desde o final da década de 1920, foi só na década de 1950 que os gibis do gênero começaram a fazer grande sucesso nos gibis. Strange adventures (1950) e Mystery in Space (1951), dois lançamentos da National, puxaram a fila. As revistas eram compostas de histórias curtas, sem continuação ou personagens fixos. A ação estourava em qualquer lugar do espaço ou em qualquer período temporal.
A editora EC Comics, embora fosse especializada em terror, deu uma grande contribuição à FC nos quadrinhos, aproximando-a do que era feito na literatura. Aliás, Ray Bradbury, um dos grandes escritores do gênero, era fã e colaborador da editora.
As histórias da EC eram instigantes, sempre com finais surpreendentes. Numa história, por exemplo, os terrestres vão ter seu primeiro contato com seres de outro planeta. À medida que se aproximam, contam, pelo rádio, a história da humanidade e de suas guerras. No final, ao descerem, descobre-se que os terrestres são ratos, a única espécie que sobreviveu a uma guerra atômica.
Com a perseguição aos quadrinhos, os gibis de ficção da EC foram cancelados e os da National se tornaram inócuos, com histórias bobas, como a de um robô que precisa encontrar a cabeça na qual está a informação que salvará a terra.
Em 1958, o escritor Gardner Fox voltar a dar vitalidade ao gênero, relacionando-o com os super-heróis. Ele recebeu, do editor Julius Schwartz, a missão de criar um herói espacial para estrelar a revista Mystery in Space. Então criou Adan Strange, um norte-americano que era arremessado a 25 trilhões de milhas no espaço ao ser capturado pelo raio zeta, indo parar no planeta Rann. Lá, usando apenas sua esperteza e um par de jatinhos que lhe permite voar, ele se torna o herói local.
O sucesso de Adan Strange fez com que a DC encarregasse Gardner Fox de ressuscitar um herói da era de ouro, o Gavião Negro. Na versão clássica, ele era Carter Hall, a reencarnação de um príncipe egípcio. Na nova versão, era Katar Hol, um policial do planeta Thanagar que vem à Terra. Com arte de fenomenal de Joe Kubert, a série tornou-se um sucesso.
Tanto o Gavião negro quanto Thanagar passaram a exercer papel fundamental na cronologia da DC Comics desde então. E uma versão feminina da personagem consta no ótimo desenho animado da Liga da Justiça, atualmente em exibição.
1 comentário:
Agora que você falou, não consigo me lembrar de quadrinhos de Ficção cientifica sendo feitos HOJE.
Pode ser que existam, mas estou por fora. Os ultimos grandes que me lembro são American Flagg e O ultimo americano.
Acho que nos poderiamos encaixar Os Cavalheiros Extraordinarios de Alan Moore, e Sebastian O de Grant Morrison como steampunk. Mas também é só.
Ou seja só aparecem quando os grandes excentricos dos quadrinhos resolvem fazer.
Quando outros autores tentam introduzir um lado mais Sci-fi nos quadrinhos de Super-Herois, os fãs começam a dizer que é "realista" demais.
Meu Nome não é Jonnhy
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