Fomos assistir ao Hulk. Como eu já esperava, o filme é muito bom. Tão bom quanto o primeiro era ruim (tanto que o primeiro filme foi totalmente ignorado, começando-se do zero). Um problema sério do primeiro Hulk era a falta de equilíbrio entre ação e introspecção. A primeira metade do filme era totalmente introspectiva e a segunda metade era só ação. Outro problema era o desrespeito aos quadrinhos. Percebia-se claramente que o diretor não era fã de quadrinhos. Uma figura essencial no novo filme é o ator Edward Norton, fã da Marvel e do seriado da década de 1970. Ele colaborou com o roteiro e colocou várias coisas, ele sabia, iam agradar aos fãs. A origem do Hulk foi vinculada à do Capitão América, numa inspiração direta nas histórias do roteirista Mark Millar em Os Supremos. Foi introduzida a trama do Mr. Blue-Mr. Green, numa referência direta à fase do roteirista Bruce Jones no Hulk (também dessa fase vem o treinamento de Bruce Banner para controlar a emoção). Além disso, a transformação era sempre iniciada por um close-up nos olhos do personagem, que se tornavam verdes, como no seriado. Os ótimos efeitos especiais são a cereja do bolo.
Duas coisas me chamaram atenção no filme:
1 - a locação. O filme começa no Rio de Janeiro, na favela da Rocinha e esse cenário funciona muito bem. Lembro que, quando ministrava oficinas de roteiro, na década de 1990, sempre discutia com os alunos, reclamando de todas as histórias se passarem nos EUA. Eles me respondiam que o Brasil não era um bom cenário para uma história em quadrinhos. Hollywood, pelo jeito, discorda.
2 - a estratégia viral que a Marvel está adotando em seus filmes. No final do Homem de Ferro, aparece Nick Fury convidando Tony Stark para montar uma equipe. No final do Hulk, é o próprio Tony Stark que fala ao general Ross que eles estão montando uma equipe. Além da curiosidade de termos um personagem de um filme participando de outro, há aí uma estratégia muito bem bolada de divulgação do filme dos Vingadores. Isso vai gerando um burburinho entre os fãs, que vão, aos poucos, se encarregando de divulgar a produção. Marketing viral é isso: colocar o próprio consumidor para divulgar seu produto.
6 comentários:
O Marketing é fascinante. Um dia vou fazer uma pós na área. Quem sabe em Macapá mesmo.
O que as pessoas esperavam e queriam ver num filme do Hulk era o Hulk do seriado, que é sem dúvida a versão ainda mais famosa do personagem.
E esse filme dá isso a eles. Toca até a musiquinha de piano ! Mas não é só, ele dá também cenas de mais perseguição e de PÔÔ-rrada.
Como bônus pro fã de quadrinhos tem uma ou outra cena igualzinha aos quadrinhos, e a promessa de um crossover. Não sei porque os fãs de quadrinhos gostam tanto de crossovers.
Contudo, não achei um filme bom. É passável. Os personagens não convencem, e não parecem motivados.
Achei o aparição de Stark muito forçada.
De repente na plateia do cinema uma voz feminina oculta na multidão se erge e diz "quem é esse cara ?"
pra mim isso resume Tudo. Os quadrinhos de hoje são um pé no saco porque se especializaram numa linguagem cifrada, um código secreto entre os híperfãs.
Só os muito fãs de Marvel, que já conhecem o homem-de-ferro e já viram todos os blockbusters do verão com dedicação é que vibraram com essa cena.
Talvez eu esteja cansado de "filmes de super-herois" afinal todo leitor de Super-herois sempre se cansa uma hora ou outra.
Mas vc tem razão : Foi legal ver a favela pelo olhar dos gringos. Pra eles, ela é um labirinto onde as pessoas tem pouca ou nenhuma privacidade e precisam confiar umas nas outras ( nos seus vizinhos).
O que mais chama a atenção é sem dúvidas, a Debora Nascimento.
Ela é muito lindinha, parece ter uma doçura cativante. É sensual e pura ao mesmo tempo.
Diferente da imagem que temos na mídia da típica mulher da favela: A funkeira. Barulhenta, briguenta/barraqueira e casca-grossa.
Debora é um colírio. tomara que decole uma carreira de atriz.
Meu Nome não é Jonnhy
Alguem mais percebeu que o Lou Ferrigno, o Hulk do seriado da TV, e' o porteiro que deixa o Bruce entrar no laboratorio em troca de uma pizza...???
Acho legal isso parecem os ovos de pascoa de alguns softwares....
Curti o filme. Bem melhor que o primeiro. Mas não entendo como que o Banner não fica com a pele cheia de estrias quando volta ao normal. Ainda mais num "efeito sanfona" tão abusivo como o que é mostrado durante todo o filme. Personagens de ficção têm lá suas vantagens.
Só pra constar, o canal 'fechado' TCM está exibindo a série O Incrível Hulk às terças e quintas, 10:00h. Eu que assistia quando criança na década de 80, estou adorando rever, quando dá. Mas o Hulk é o David, e não o Bruce.
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