
Comprei Supremo - a era moderna, quarto volume do personagem criado por Rob Liefield e escrito por Alan Moore. Moore aproveitou que o personagem era uma cópia discarada do Superman e resolveu fazer uma homenagem aos quadrinhos. Aliás, as primeiras histórias eram desenhadas pelo compadre Joe Bennett.
Nesse quarto volume, Moore continua dando um show de metalinguagem. A última história, New Jack City, é realmente o melhor momento do volume, uma jóia entre jóias. Nessa HQ, Moore faz uma homenagem a Jack Kirby, considerado o rei dos quadrinhos de super-heróis. Supremo vê aparecer uma névoa num vale remoto do Himalaia e vai investigar. Lá dentro, ele encontra versões dos personagens criados por Kirby: Capitão Amnérica, Novos Deuses, Thor. Rick Veidt consegue imitar com perfeição o traço do rei e o texto é uma verdadeira aula de como analisar um história em quadrinho. Moore comenta a arquitetura desenhada por Kirby (¨Os prédios possuem estilos muito distintos que não deveriam co-exisitir! Alguns parece com modernos arranha-céus americanos, enquanto outros parecem ter sido baseados em formas mitológicas¨) e o incrível processo

O curioso de tudo é que o volume fecha com um texto do Leandro Luigi Del Manto no qual ele diz que inicialmente não gostava do traço do Kirby e que só muito mais tarde percebeu o quanto ele era bom e o quanto havia influenciado gerações de desenhistas. Não é a primeira pessoa que diz isso e comigo mesmo aconteceu isso. Eu achava o desenho de Kirby estranho, duro, distorcido. Depois percebi que o que parecia estranhesa era uma revolução em termos de composição. O que parecia duro, na verdade havia acrescentado uma nova dinâmica aos quadrinhos e o que parecia distorcido na verdade era expressividade.
3 comentários:
To afim de pegar essa série para companhar também! Uma pena de não ter feito até o momento!
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Jack "efeito bolinhas cósmicas" Kirby. Gosto muito da fase dele no Pantera Negra. Comics com "C" maiúsculo. No bom sentido, claro.
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