domingo, dezembro 08, 2013

Eugênio Colonnese - o desenhista das mulheres

Eugênio Colonnese começou sua carreira na Argentina, em 1949. Passou vários anos naquele país, trabalhando em revistas de sucesso, mas em 1964 veio para o Brasil, onde ajudou a fundar o estúdio D´Arte em parceria com o argentino Rodolfo Zalla. Juntos, produziram histórias em quadrinhos dos mais diversos gêneros, indo dos quadrinhos de guerra aos de super-heróis. Mas foi o terror que tornou Colonnesse uma celebridade, especialmente por causa da criação de Mirza, provavelmente a primeira heroína vampira dos quadrinhos.
Também criou o Morto do Pântano, um personagem de nome muito parecido com o Monstro do Pântano, que faria sucesso anos depois na DC Comics.
Na década de 1970, ele abandonou os quadrinhos para se dedicar à ilustração de livros didáticos para editoras como Ática e FTD. Acabou se tornando um paradigma do gênero, trazendo a linguagem dos quadrinhos para os livros escolares. Seu traço elegante era facilmente reconhecível pelos fãs, muitos dos quais ainda guardam esses livros apenas por causa das ilustrações.
Na década de 1980, quando o amigo Zalla transformou a D´arte em editora e começou a publicar as revistas Calafrio e Mestres do Terror, Colonnese voltou aos quadrinhos, fazendo antológicas histórias de terror.
Também ficaram célebres as histórias em quadrinhos institucionais que ele fez para o Instituto Universal Brasileiro, nos anos 1980.
War, histórias de guerra, com textos de Gian Danton, foi um dos últimos trabalhos do mestre.

Em todos os trabalhos, Colonnese sempre se revelou um exímio artista, com um traço detalhista, anatomicamente perfeito, e uma habilidade fora do comum para desenhar mulheres.
Nos anos 1990 ele continuou na ativa, produzindo obras como A Arte exuberante de desenhar mulheres (Opera Graphica), Curso Completo de Desenho (Escala), ilustrou duas aventuras de Mister No, para a editora italiana Bonelli e criou novas personagens, como Bruuna. Um de seus últimos trabalhos foi o álbum War – histórias de guerra (Opera Graphica), com roteiro de Gian Danton.
Depois finalizou a graphic novel A Vida de Chico Xavier, sobre o mais importante médium brasileiro.
Esse que foi um dos maiores artistas dos quadrinhos brasileiros morreu no dia 8 de agosto de 2008. 

3 comentários:

DANIEL RODRIGUES DIAS disse...

A data de falecimento está errada, no demais tá tudo ok.

Gian Danton/Ivan Carlo disse...

Daniel, foi descuido. Eu ia escrever 2008, escrevi 1998. Já consertei.

Josué Santos disse...

Boa tarde...acho legal contar histórias dos grandes desenhistas brasileiros ou não mas deveria ter a foto, até mesmo uma caricatura deles. Obrigado.