“Como faço para conservar meu casamento?”; “De que maneira posso me tornar mais feliz?”; “O que posso fazer para que formigas não ataquem minhas flores?”; ”Que tipo de filme devo assistir no final de semana?”.
Essas
são perguntas que dificilmente serão respondidas consultando-se um catálogo de
biblioteca. No entanto, são perguntas importantes para as pessoas. As respostas
a essas perguntas fazem parte do universo relevante.
Esse
é o tipo de informação que não se encontra em bibliotecas ou na educação formal
(muitas bibliotecas talvez contenham essas respostas, mas a organização dos
catálogos, essencialmente classificadora, torna quase impossível encontra-las).
Geralmente
essas notícias são fornecidas por amigos ou conhecidos. Se quero viajar no
final de semana e não sei para onde ir, é mais prático pedir sugestão a um
amigo do que consultar uma biblioteca ou um site.
O
cérebro humano lida melhor com a informação relevante do que qualquer
computador ou biblioteca. Para uma pessoa que viaja muito, lembrar-se de locais
agradáveis é uma informação muito relevante e, portanto de fácil recuperação.
Embora
nossa cultura dê pouca importância ao universo relevante, ele é de grande
importância.
Na
verdade, o universo classificador está tão entranhado em nosso pensamento que a
própria divisão de informação classificador, relevante e relacional tem como
base o universo classificador.
Entrentanto,
o desenvolvimento da inteligência artificial só pode ocorrer se for construída
uma máquina capaz de processar os três tipos de informação.
Segundo
a revista Superinteressante, de agosto de 2000, os pesquisadores Tim Benners,
James Hendler e Ora Lassila estão desenvolvendo uma agente virtual que seria a
resposta. O agente seria um mecanismo de busca na net que conseguiria acessar
exatamente a informação pretendida.
Por
exemplo, alguém que pretende viajar para o Peru pesquisa nos sites de busca
informações sobre esse país. Ela, provavelmente, vai se deparar com homes sobre
como preparar o peru de Natal, piadas infames e uma grande quantidade de sites
sobre o país Peru, mas com informação absolutamente irrelevante.
O agente virtual, ao contrário, não
só encontraria informações turísticas sobre o Peru, como as compararia com
opiniões de pessoas que já passaram por aquele país. Além disso, fariam a
reserva do avião e indicariam os melhores hotéis.
O
engenho seria um mecanismo capaz de lidar com os três tipos de informação:
relacional, classificador e relevante.
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