sábado, janeiro 14, 2017

Informação: universo relevante

              “Como faço para conservar meu casamento?”; “De que maneira posso me tornar mais feliz?”; “O que posso fazer para que formigas não ataquem minhas flores?”; ”Que tipo de filme devo assistir no final de semana?”.
              Essas são perguntas que dificilmente serão respondidas consultando-se um catálogo de biblioteca. No entanto, são perguntas importantes para as pessoas. As respostas a essas perguntas fazem parte do universo relevante.
              Esse é o tipo de informação que não se encontra em bibliotecas ou na educação formal (muitas bibliotecas talvez contenham essas respostas, mas a organização dos catálogos, essencialmente classificadora, torna quase impossível encontra-las).
              Geralmente essas notícias são fornecidas por amigos ou conhecidos. Se quero viajar no final de semana e não sei para onde ir, é mais prático pedir sugestão a um amigo do que consultar uma biblioteca ou um site.
              O cérebro humano lida melhor com a informação relevante do que qualquer computador ou biblioteca. Para uma pessoa que viaja muito, lembrar-se de locais agradáveis é uma informação muito relevante e, portanto de fácil recuperação.
              Embora nossa cultura dê pouca importância ao universo relevante, ele é de grande importância.
              Na verdade, o universo classificador está tão entranhado em nosso pensamento que a própria divisão de informação classificador, relevante e relacional tem como base o universo classificador.
              Entrentanto, o desenvolvimento da inteligência artificial só pode ocorrer se for construída uma máquina capaz de processar os três tipos de informação.
              Segundo a revista Superinteressante, de agosto de 2000, os pesquisadores Tim Benners, James Hendler e Ora Lassila estão desenvolvendo uma agente virtual que seria a resposta. O agente seria um mecanismo de busca na net que conseguiria acessar exatamente a informação pretendida.
              Por exemplo, alguém que pretende viajar para o Peru pesquisa nos sites de busca informações sobre esse país. Ela, provavelmente, vai se deparar com homes sobre como preparar o peru de Natal, piadas infames e uma grande quantidade de sites sobre o país Peru, mas com informação absolutamente irrelevante.
O agente virtual, ao contrário, não só encontraria informações turísticas sobre o Peru, como as compararia com opiniões de pessoas que já passaram por aquele país. Além disso, fariam a reserva do avião e indicariam os melhores hotéis.

              O engenho seria um mecanismo capaz de lidar com os três tipos de informação: relacional, classificador e relevante.         

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