Um dos maiores mistérios da II Guerra Mundial foi o vôo
solitário de Rudolf Hess, vice-Fuhrer, para a Inglaterra. Em 10 de maio de
1941, ele se lançou de paraquedas, caindo nas proximidades da casa casa do
Duque de Hamilton.
Um fazendeiro escocês o encontrou ferido, sofrendo com o
tornozelao torcido. Armado com um garfo para feno, ele o prendeu.
Quando o Duque
chegou, no dia seguinte, o piloto se identificou. Disse que era Hess e que
tinha vindo à Inglaterra numa missão especial para negociar a paz entre a
Alemanha e a Inglaterra.
A situação era tão absurda que virou manchete em todos os
jornais. Consta que um médico que teria examinado o homem, ao saber que ele se
identificara como o segundo homem mais importante do III Reich, teria dito:
“Ah, nós temos aqui no hospital um homem que jura que é o rei Salomão!”.
Os nazistas negaram absolutamente que Hess estivesse em
missão especial e disseram que sua missão era solitária. Berlim logo emitiu uma
série de comunicados na imprensa lamentando "as alucinações de Hess"
e garantindo ao mundo todo que estas não teriam qualquer efeito sobre a guerra.
Ou seja, a versão oficial é de Hess estava louco e agira
sozinho, na esperança vã de conseguir uma paz com a Inglaterra.
Em 1991 o historiador inglês John Costelo publicou os
resultados de seus exames dos arquivos da KGB sobre Hess. Ele comparou com
arquivos do serviço secreto norte-americano e percebeu uma incrível semelhança.
A conclusão de Costello foi de que Hess caiu numa armadilha.
Os arquivos sugerem que Hess se correspondeu com o Duque
de Hamilton, embora esse não soubesse. Aparentemente, os agentes ingleses
interceptaram todas as cartas de Hess e responderam, incentivando-o a ir para a
Inglaterra.
Se isso for verdade, o vice-Fuhrer caiu na maior arapuca
da história.
Sem comentários:
Enviar um comentário