Analisar a psicologia e entender as motivações dos
criminosos nazistas, entendendo como eles foram capazes de tantas crueldades é
um sonho de boa parte dos psicólogos. Esse sonho foi realizado por Leon
Goldensohn, um psicólogo norte-americano chamado para analisar a saúde mental
dos réus do tribunal de Nuremberg.
Goldensohn passou horas conversando com eles, fazendo
perguntas que iam da infância ao gosto artístico. Com isso ele realizou um interessante diagnóstico
de mentes psicopáticas, publicado com o título de As entrevistas de Nuremberg.
O psicólogo considerou que Rudolf Hess, o vice-líder do
partido nazista estava realmente incapacitado mentalmente na época do
julgamento. Ele não se lembrava da infância ou da mãe. Parecia estar sempre
sentindo dor e nos últimos tempos tornou-se paranóico com a qualidade da comida
da prisão.
Hanz Frank, governador da Polônia no período de ocupação
nazista parecia atormentado pelas acusações de ser responsável pelos campos de
concentração. Botava a culpa na esposa, que o incentivara a entrar no partido
nazista.
Hermann Goering, comandante da Luftwaffe, dizia que as
atrocidades eram cometidas por Goebbels e por Himmler e muitas vezes dizia ter
mais poder que Hitler.
Rudolf Hoss, comandante de Auschwitz admitia
tranquilamente que matara ou mandara matar mais de dois milhões de judeus.
Orgulhava-se de ter melhorado a máquina de morte nazista. Apesar disso,
dizia-se calmo e bom marido.
Sem comentários:
Enviar um comentário