Um assunto que tem entrado na
pauta do dia é castração química. Muitos defendem o procedimento como forma de
“tratar” estupradores e impedir que eles cometam novos crimes.
Mas será que esse procedimento
realmente funcionaria?
Um exemplo que pode nos dar um
indicativo nesse sentido é o do russo Andrei Chikatilo. Chickatilo sofria de
disfunção erétil. Ou seja, ele era incapaz de ter uma ereção. E era também
estuprador.
Em 1978 ele sequestrou uma menina
de 8 anos e tentou estuprá-la. Incapaz de conseguir uma ereção, ele, em um
momento de fúria, esfaqueou a menina. Foi quando percebeu que podia conseguir
prazer sexual de uma maneira muito mais satisfatória: matando. Gostou tanto do
prazer que sentiu ao matar a vítima que se tornou um dos maiores assassinos em
série de todos os tempos, com mais de 50 assassinatos.
A falta de ereção não impediu que
ele cometesse os crimes, só direcionou para uma outra forma de satisfação
sexual: o assassinato.
A maioria das pessoas parte do
princípio de que o estuprador estupra para satisfazer o desejo sexual (ou ao
menos no sentido mais convencional de satisfação sexual). Se essa fosse a questão,
ele procuraria uma prostituta. O estuprador estupra porque o que mais o excita é
a humilhação e sofrimento da vítima. A penetração é apenas um meio para isso,
mas nem de longe o mais importante. Se não for capaz de ter uma ereção, o
psicopata irá redirecionar isso para que realmente é a fonte de seu prazer: a
humilhação, sofrimento e morte da vítima.
Para estupradores só existe uma
solução: manter preso.
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