sexta-feira, setembro 14, 2018

Quadrinho pornô brasileiro pode definir eleição em país da América Central

O candidato Cirney Margau se tornou o favorito na disputa presidencial. 



Carlos Zéfiro foi um prolífero desenhista brasileiro especializado em quadrinhos pornográficos. Seus gibis, chamados de catecismos, fizeram grande sucesso no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Mas que nem ele seria capaz de imaginar é que seus quadrinhos poderiam mudar os rumos da eleição de um país.
O fato está acontecendo no pequeno país de Pelotillehue na América Central. O candidato Cirney Margau, até então um desconhecido, se tornou célebre ao aparecer na televisão em um debate eleitoral e mostrou os catecismos de Carlos Zéfiro argumentando que eles estariam sendo usados nas aulas de religião nas escolas do país. Após o debate as intenções de voto no candidato dispararam e já chegam a 70%. A se manter esse resultado, Margau será eleito em primeiro turno.
O programa de governo do candidato, apresentado na forma de Power Point, apresenta apenas um único item: “Impedir que os catecismos de Carlos Zéfiro sejam usados nas escolas”.
Após o debate, o governo veio a público dizer que nunca usou ou pretendeu usar os quadrinhos pornográficos de Carlos Zéfiro na escola. A editora, que publicou esses quadrinhos na década de 1990, declarou que os catecismos estão fora de catálogo há anos e que nunca houve qualquer pretensão de adotá-los em escolas.
Margau admitiu que os quadrinhos de fato não são usados nas escolas, mas disse que serão adotados nas aulas de religião caso ele não seja eleito, o que aumento ainda mais a quantidade de pessoas que pretendem votar nele.
Os catecismos de Zéfiro estão mudando os rumos da eleição. 

“Se eles usarem esses quadrinhos em sala de aula, o que vai ser de nós? Vai ser um desastre para a economia do país. A violência vai disparar”, declarou um taxista da capital.
O caso se tornou tão grave que gerou diversos protestos pelo país, um dos quais terminou com a depredação da editora responsável por publicar os catecismos de Carlos Zéfiro na década de 1990 e que detinha os direitos das histórias.
Na contramão desse movimento tem havido um enorme interesse pelos gibis de Carlos Zéfiro em Pelotillehue. Gráficas clandestinas trabalham dia e noite produzindo versões piratas dos catecismos. Estima-se que o mais popular deles, “Sacanagens no Recife” (rebatizado na língua local com o singelo nome de Chacocominhachaca) já tenha alcançado uma tiragem total de um milhão de exemplares. Uma tiragem enorme para um país de apenas cinco milhões de habitantes.
Na capital do país, a banca mais frequentada por pessoas que procuram os catecismos de Zéfiro ostenta uma placa com os dizeres: “Foi aqui que Cirney Margau comprou os catecismos de Carlos Zéfiro”.  

1 comentário:

Hiperespaço disse...

Condorito vai votar nele!