A misteriosa chama da Rainha Loana é um livro de Umberto Eco
de 2004, lançado aqui pela editora Record.
Na obra, um personagem passa por um trauma e conserva a
memória semântica (a que é compartilhada por todos nós e trata dos universais.
É a memória que permite a uma criança reconhecer um cachorro, seja ele um pit
bull ou um terrier), mas perde a memória vivencial (aquela memória das coisas
que vivemos e nos emocionaram).
Para tentar recobrar essa memória, ele recorre aos livros,
revistas e gibis de sua infância e juventude. Metáfora óbvia, essas obras se
tornam uma memória externa que permite ao personagem principal recordar a
externa.
No fundo, a mensagem parece ser: somos o que lemos.
O livro é todo ilustrado com imagens desses livros e gibis e
alguns momentos parece ser uma homenagem à literatura popular e aos quadrinhos.
O título, por exemplo, é referência a uma obscura HQ italiana: “Era uma
narrativa desarticulada que fazia água por todos os lados, os episódios eram
repetitivos, as pessoas ardiam de amores repentinos, sem razão”. Ruim, mas
mágico o bastante para marcar o autor. A misteriosa chama da rainha Loana foi lançado
pela Record e eu comprei na Amapaense por 47 reais.
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