A Grafipar foi uma das maiores editoras do Brasil entre o final
dos anos 1970 e início dos anos 1980. Sua produção de quadrinhos eróticos
desafiava a censura da época sem cair na pornografia, misturando o erotismo a
outros gêneros, como terror, aventura e ficção científica.
A primeira revista de quadrinho nacional que li (depois de turma
da Mônica, claro), foi um gibi da Grafipar: Fêmeas. Foi um trabalho que me
impressionou principalmente pela qualidade de artistas como Mozart Couto e
Rodval. Depois fui descobrindo também os grandes roteiristas, como Nelson
Padrella.
Apesar do grande sucesso da editora no final da década de 1970,
a história da Grafipar estava praticamente esquecida, inclusive por pessoas do
próprio meio quadrinístico. Quando trabalhei como jornalista em Curitiba,
entrevistei Cláudio Seto, coordenador editorial da Grafipar, surgiu ali a ideia
de escrever um livro contando a trajetória da editora. Posteriormente, Franco
de Rosa, da Opera Graphica, me propôs publicar o livro e aceitei na hora. Foram
mais de 30 anos de pesquisa, seja entrevistando pessoas que trabalharam para a
Grafipar, seja lendo os quadrinhos.
Grafipar, a editora que saiu do eixo foi finalmente lançado em
2012 e acabou sendo finalista do prêmio HQ Mix na categoria livros sobre
quadrinhos.
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