Em uma página de quadrinhos, os quadros podem ter valor narrativo diferente. Alguns merecem maior destaque, seja pela sua importância para a história, seja pelo seu valor dramático ou de ação. Ou seja: alguns quadros são apenas narrativos, outros devem provocar um impacto no leitor. Os quadros de impacto são maiores exatamente por serem mais importantes. O roteirista deve indicar, no roteiro, quando há um quadro de impacto na página.
A minissérie Watchmen é um ótimo exemplo de como utilizar esse recurso, sendo uma verdadeira aula.
Abaixo uma página em que todos quadros têm a mesma importância:
Já na página seguinte, o último quadro tem maior valor dramático. Todos os outros são apenas uma preparação para o impacto deste último, pois o destino do mundo está nas mãos de um idiota:
Watchmen usa um esquema fixo de 9 quadros por página, como se fossem blocos que pudessem ser separados ou unidos.
Para formatinho, o esquema de 6 quadros funciona muito bem e pode ser usado da mesma maneira, inclusive com quadros de impacto. Ótimo exemplo disso são as páginas de Júlias, as aventuras de uma criminóloga.
Na página abaixo, de simples diálogo, não há necessidade de qualquer impacto, então os quadros são iguais:
Já na página abaixo, o último quadro é maior, de impacto, para destacar a violência do personagem:
Abaixo um exemplo do Monstro do Pântano, de Alan Moore, com um esquema de quadros mais solto, mas que igualmente usa o tamanho do quadro para dar impacto à cena:
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